Depois dos marchantes, os profissionais que trabalham na ‘Operação Pipa’ do Exército brasileiro também se mostram insatisfeitos com a administração municipal. Os pipeiros estão revoltados com a cobrança de uma taxa de R$ 440 que terão de pagar à Vigilância Sanitária.

Segundo um dos pipeiros, João da Silva, a notícia foi dada quando representantes da Vigilância Sanitária  compareceram à fiscalização feita mensalmente pelo Exército. “Todo mês a gente faz a fiscalização do Exército, tudo direitinho, e este mês a fiscalização da prefeitura apareceu lá dizendo que a gente ia ter que fazer um cadastro para colocar um adesivo no tanque. Só que para isso a gente tem que pagar uma taxa. Disseram que era só uma taxinha, mas quando fomos fazer o cadastro fomos informados que o valor é de R$ 440”, informou.

Ele disse não aceitar o valor cobrado e diz que isso representa um obstáculo ao trabalho de vários pipeiros. “Eu acho que isso não existe, estar pagando para ser fiscalizado. Isso é um atraso para o trabalho de muitos pais de família”, desabafou.

Ainda segundo João, a Vigilância Sanitária teria informado que os profissionais só serão liberados para o trabalho diante do pagamento da taxa. “Eles foram bem claros, e disseram que quem não pagar a taxa não vai ser liberado para rodar. Eu trabalho para o Exército há três anos e nunca tinha acontecido isso”, relatou.

Ele revelou que, ao todo, 29 pipeiros terão que desembolsar o valor para ter direito de continuar trabalhando. Um outro pipeiro informou ao Blog que a categoria irá se mobilizar para não pagar tal taxa. “Infelizmente alguns já pagaram, mas nós vamos combinar pra ninguém pagar mais isso, porque é um absurdo ter que pagar para trabalhar“, disse.

A cobrança está sendo feita apenas aos pipeiros gerenciados pelo 72º Batalhão de Infantaria Motorizado de Petrolina (72º BIMtz). O Blog já entrou em contato com a assessoria de comunicação e aguarda um posicionamento para saber qual a finalidade da cobrança.