Mais da metade da Câmara de Deputados é favorável ao voto aberto em sessões que julgam cassações de mandato

por Carlos Britto // 02 de setembro de 2011 às 08:17

Líderes partidários que representam metade dos deputados na Câmara se dizem favoráveis ao voto aberto em sessões que julgam cassações de mandato. O líder é o deputado que negocia os principais projetos em discussão na Câmara. Ele exerce influência sobre os colegas e orienta o voto da bancada, embora os deputados do partido não sejam obrigados a obedecer à orientação.

A reportagem do Portal G1, da Globo.com, procurou os líderes dos 22 partidos com assento na Câmara. Nove (os líderes de PT, DEM, PDT, PPS, PR, PP, PRTB, PSOL e PHS) dizem defender o voto aberto em casos de processos de cassação. Esses líderes comandam bancadas que, juntas, somam 254 parlamentares, o equivalente a 50,3% dos 513 deputados.

O G1 também conversou com os líderes de PMDB (80 deputados), PSDB (53), PRB (10) e PSL (2). O líder tucano e o do PSL defendem o voto secreto. O do PMDB – segunda maior bancada depois da do PT (86 deputados) – e o do PRB disseram ainda não ter opinião formada. Os líderes dos outros nove partidos restantes (PTB, PSB, PSC, PCdoB, PHS, PRP, PTC, PMN e PTdoB) não responderam ou não foram localizados.

Na última terça (30), parlamentares que votaram pela cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) atribuíram o resultado da sessão – 265 votos pela absolvição, 166 pela cassação e 20 abstenções – ao voto secreto. De acordo com o processo de cassação ao qual a deputada respondia, ela quebrou o decoro parlamentar ao ter sido flagrada em um vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do chamado mensalão do DEM no Distrito Federal. (foto: Renata Araújo/Agência Brasil)

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