Mãe critica “descuido” do HDM em tratamento médico da filha; hospital responde

por Carlos Britto // 20 de dezembro de 2023 às 21:38

Foto: WhatsApp/Blog do Carlos Britto

Um simples quadro febril tornou-se um pesadelo para a comunitária Luana Sales dos Santos. Moradora do Bairro José e Maria, Zona Norte de Petrolina, ela faz duras críticas à equipe do Hospital Dom Malan (HDM)/ por considerar que houve “um descuido médico” na condução do tratamento de sua filhinha de 1 ano e 10 meses.

Segundo Luana, os problemas começaram em agosto de 2022, quando sua filha tinha seis meses de vida e deu entrada no HDM com sintoma de febre. Segundo a mãe, a menina recebeu uma dose de dipirona injetável e foi recomendada a ir para casa. “O problema é que a febre voltou, mais forte, e a perninha dela vermelha e endurecendo”, contou.

Luana voltou a procurar a unidade, mas ouviu de uma médica que a febre se tratava de uma virose, e não tinha relação com a perna da criança. Não satisfeita, a comunitária retornou ao hospital (tudo isso ainda no ano passado). Nessa ocasião, o medicamento receitado foi uma substância chamada Cefalexina, que fez uso por sete dias. Após procurar o HDM após uma semana, Luana ouviu da profissional que havia um pouco de líquido, mas não haveria necessidade de um acesso no pezinho da menina. Hoje, com quase 2 anos de vida, a mãe relata uma situação ainda mais preocupante.

No último dia 4 de dezembro, a perninha dela, no mesmo local, o nódulo inflamou, ficou vermelho, e voltei novamente ao Dom Malan. Passaram novamente Cefalexina. Fiz o uso durante sete dias. Parei o antibiótico e a perninha dela começou a inchar novamente e ela deu febre”, relatou. A menina, então, foi internada e passou a receber uso de antibiótico venoso. Foi realizado o procedimento de acesso no pé da criança, a qual depois foi encaminhada ao setor de Pediatria.

Depois de quatro dias, Luana contou que a equipe precisou fazer outro acesso, mas só encontrou no mesmo pé que já havia o primeiro acesso. A mãe achou estranho a menina reclamando e pediu para tirarem o esparadrapo do pé dela. A partir daí Luana se revoltou porque – segundo ela – havia uma espécie de queimadura no pezinho da filha. O hospital justificou que a filha teria sofrido uma reação alérgica ao antibiótico. Mesmo assim, a mãe não quis conversa e assinou um termo se responsabilizando pela retirada da filha do hospital. “Vou fazer um plano pra ela e cuidar da minha filha. Ela tinha apenas uma febre, e saiu do hospital com o pé ferido e um xisto na perninha, que precisa ser operado”, desabafou. Apesar do sofrimento de mãe, Luana não deixou de reconhecer que a filha foi bem atendida na unidade.

Outro lado

Procurada pelo Blog, a assessoria de comunicação do HDM enviou a seguinte nota:

A paciente deu entrada no HDM no último dia 13 de dezembro apresentando febre. A mãe relatou que, aos seis meses de vida, a criança foi tratada no HDM (gestão do Imip) de uma febre, quando foi aplicada dipirona, que segundo ela, produziu um abscesso (um cisto de tamanho variável que abriga em seu interior pus e outros resíduos da atividade do corpo humano). Foi tratada com uso de antibiótico.

Hoje, com 1 ano e 10 meses de vida, a criança retornou ao HDM com febre e a mãe relatou o que aconteceu. Fez uma ultrassonografia por recomendação médica para avaliar o abscesso que ainda foi percebido na criança. A médica avaliou que não havia necessidade de intervenção. Um novo ultrassom foi realizado no dia 18 de dezembro para avaliar a evolução do abscesso. Nesse mesmo dia foi percebido que a paciente havia o acesso para a medicação e preciso fazer um novo acesso do pezinho da criança.

Notou- se uma espécie de queimadura no membro, que pode ter sido provocada por sensibilidade ao esparadrapo. A mãe decidiu deixar o hospital durante a noite, mesmo sendo orientada pela equipe do Pronto Socorro Infantil e do Serviço Social que deveria seguir tratando a criança na unidade. O Hospital tentou contato por telefone, mas a mãe não atendeu as ligações.

HDM/Ismep/Ascom

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