Em meio a previsões otimistas sobre o futuro da produção de frutas no Vale do São francisco, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, lançou ontem (20) oficialmente a 21ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada – que acontece de 28 a 31 deste mês – reforçando as críticas em relação à falta de investimentos no setor.
O lançamento, ocorrido no Círculo Militar, reuniu autoridades, empresários e lideranças políticas da região. Entre os convidados, estavam o deputado federal Fernando Filho (PSB) e o estadual Geraldo Coelho (PTB), para os quais as críticas acabaram direcionadas – os dois são aliados do governador Eduardo Campos (PSB) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antes do discurso de Lóssio, o vice Domingos Sávio já havia feito uma pequena provocação. Enaltecendo o potencial da fruticultura, Domingos frisou que a Fenagri “consolida a maioridade de Petrolina” do setor e, mesmo com a paralisação de obras como o Pontal e o Canal do Sertão, a irrigação continuará impulsionando a economia do pólo. “Aqueles que não acreditam, que saiam da frente porque novos hectares serão irrigados”, enfatizou.
Também presente ao evento, o ex-deputado federal e novamente candidato a uma vaga na Câmara, Oswaldo Coelho (DEM) ouviu de perto os comentários de Lóssio, que ratificou as críticas que o líder democrata vem fazendo durante o Governo Lula.
No seu discurso, o prefeito citou as qualidades do semiárido para a irrigação, que “tem terra, sol e água, mas falta a presença do governo”. Ao ser perguntado se foi um recado direto aos governistas, Lóssio contemporizou. Disse que foi um pedido. “Não foi uma crítica, foi um pedido para que nos unamos em prol da retomada da irrigação de Petrolina e do Vale do São Francisco”, argumentou.
No entanto, o prefeito não retirou as recentes declarações de que a interiorização dos investimentos, apregoada por Eduardo Campos, não chegou a Petrolina. Em tom de brincadeira, Lóssio disse que a imprensa “fica doida para que ele brigue com o governador”. Em seguida, desafiou os repórteres a levantar cinco obras estruturantes feitas pelo governo estadual na cidade.
Segundo Lóssio, o que precisa ser feito é um trabalho em conjunto para capitanear recursos no intuito de garantir a vinda de novas indústrias para Petrolina, assim como de consolidar projetos como o Canal do Sertão e o Pontal e de viabilizar novos perímetros irrigados. “Hoje, 60% do nosso PIB são de serviços, mas serviços ligados à fruticultura. Portanto, se a irrigação não progride, o Vale também não progride”, finalizou.
Que o governo do estado não investe, é verdade. Mas se dessem o mel, não ia ter gente se lambuzando?
o diferencial estratégico da região em relação aos produtores de outras localidades: são os projetos de irrigação, que aliados às condições naturais da região propícias a cultura de frutas, permitem a produção durante todo ano com qualidade diferenciada, seja em sabor, número de safras e resistência a pragas.
Os caras da políticas só tem feito discursos e falácia. Todos sem excessão.
DEOMIRO SANTOS anda lendo muita apostila sobre a região, viu como digitou um texto muito bonito.
A verdade é que esse prefeito não sabe costurar alianças, por mais que nós queiramos uma utopia, sabemos que para conseguir algo temos que dar algo em troca e o prefeitin de meia-tijela comprometeu-se em render votos a um deputado derrotado pelas urnas e ao qual ele não dará retorno nas próximas eleições, pondo fim triste e melancólico a uma carreira política honrosa e seguida por todos do seu clã, com algumas exceções (Ciro, Luiz Eduardo, Guilherme – que nem em época de eleição ousam aparecer, a não ser pra ficarem se xingando).