Poeta. Autodidata. Iletrado. Intelectual. Qualquer uma dessas definições – ou todas elas juntas – se encaixam num dos nomes mais respeitados da cultura nordestina e brasileira: Antônio Gonçalves da Silva.
Natural de Assaré, no Ceará, o jovem Antônio revelou, logo cedo, seu dom para poesia. E foi a partir dos 20 anos que ganhou o pseudônimo pelo qual se tornaria famoso em todo o Nordeste. A alcunha de Patativa era porque muitos viam em sua poesia a mesma beleza do canto da ave.
Dessa forma, Patativa do Assaré atravessou os anos 60, 70, 80 e 90 deixando obras reconhecidas por grandes artistas da MPB – a exemplo de Luís Gonzaga e Fagner. Até hoje, mesmo após sua morte (em 2002), o poeta continua vivo entre seus admiradores.
Exemplo disso é “O Canto do Patativa”, uma biografia em cordel de Patativa do Assaré. O livro é acompanhado de um CD com 13 declamações de poemas de sua autoria, ilustradas com xilogravuras de Severino Borges.
Prêmio
A coletânea é composta pelos seguintes poemas de Patativa: “A triste partida”; “O paraíso das aves”; “Viva o povo brasileiro”; “Ser feliz”; “Ingém de ferro”; “Minha serra”; “O boi zebu e as formidas”; “O peixe”; “Eu quero”; “Filho de gato é gatinho”; “Vaca Estrela e Boi Fubá”; e “O poeta da roça”.
“O Canto da Patativa” recebeu o Prêmio ‘Mais Cultura’ de Literatura de Cordel, do Ministério da Cultura. O livro, organizado por José Mauro Alencar (96 páginas) custa R$ 30 (com frete grátis para todo Brasil). Pedidos podem ser feitos pelo e-mail contato@onordeste.com. (Foto/reprodução)
