Líder do Governo Lula diz que primeiro desafio em 2024 é “regulamentar Reforma Tributária”

por Carlos Britto // 26 de dezembro de 2023 às 10:31

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Para o próximo ano, o primeiro desafio do Executivo será a regulamentação da reforma tributária, disse o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (PT-CE), em conversa com jornalistas. Quanto ao balanço de 2023, o líder afirmou que foi um ano de vitórias, em que a Câmara aprovou praticamente toda a agenda de interesse do governo.

Nós praticamente votamos tudo, da PEC da Transição à reforma tributária, passando pelo novo regime fiscal e a MP 1.185/23. Essa medida provisória consolida o esforço que o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad e nosso governo fizeram para pacificar o ambiente econômico em 2024”, declarou.

A MP 1.185 altera as regras de tributação de subvenções econômicas concedidas a empresas pelo poder público. Com a mudança, as instituições poderão transformar em crédito fiscal apenas as subvenções utilizadas para investimentos. Antes, poderiam ser contabilizados também recursos usados para custeio, o que diminuía o montante de tributos a pagar.

As subvenções são uma espécie de benefício dado pelos governos a empresas que atuam com assistência social, ou como forma de estimular o desenvolvimento tecnológico, por exemplo. A medida provisória também foi aprovada no Senado e aguarda sanção presidencial.

Destaques

De acordo com o líder, a Câmara votou 178 propostas de interesse do governo Lula. José Guimarães destacou: a chamada PEC da Transição, que permitiu ao Executivo bancar despesas com programas como o Bolsa Família, o Auxílio Gás e a Farmácia Popular; o novo regime fiscal, que substituiu o teto de gastos públicos; e a reforma tributária, que simplifica a cobrança de impostos sobre o consumo.

Guimarães acrescentou que a aprovação das três propostas foi fundamental para recuperar o cenário econômico brasileiro.

Os dados da economia são todos muito favoráveis. Vamos terminar o ano com mais de 3% de crescimento, a inflação está sob controle, as agências de risco começam a reclassificar a nota de investimento do Brasil, somos hoje o segundo país do mundo que mais recebe investimento externo [o 1º são os EUA]”, comemorou o líder.

Regulamentação

No que diz respeito à regulamentação da reforma tributária, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder do governo, disse acreditar que será um processo simples. O parlamentar, que coordenou o grupo de trabalho sobre a reforma, ressaltou que os pontos principais já foram definidos na Constituição, como os setores que terão tratamento especial e as áreas com alíquotas menores.

Lopes afirmou que, como o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) “é muito objetivo”, o trabalho da regulamentação será, basicamente, definir conceitos, como “serviço de educação”, “serviço de saúde” e quais são os produtos que podem compor a cesta básica. Pelo novo regime tributário, a cesta básica será isenta de impostos, e alguns setores, como saúde, educação e transportes, terão direito a pagar menos tributos.

A nova emenda constitucional estabelece que o governo tem de regulamentar a reforma em até 180 dias. Reginaldo Lopes crê que até julho todas as medidas já estarão aprovadas.

Investimento

Outro objetivo do Executivo em 2024, segundo José Guimarães, será aumentar o investimento público. Atualmente, de acordo com o líder, o governo investe cerca de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) em obras e serviços, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida. O objetivo é chegar a pelo menos 25% do PIB nos próximos três anos. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)

Líder do Governo Lula diz que primeiro desafio em 2024 é “regulamentar Reforma Tributária”

  1. José Florêncio coelho filho disse:

    A regulamentação de qualquer reforma principalmente a tributária é de fundamental importância para o cidadão. Aí o governo geralmente estica a corda para cobrar mais um pouco do que a lei autoriza. É muito detalhe, parágrafo, inciso, alínea incluídos para cobrar mais imposto ficando quase imperceptível aos olhos da sociedade. O governo precisa arrecadar muito para fazer frente às despesas exorbitantes. Só de juro da dívida em 2.024 tem de pagar aproximadamente 700 bilhões. Para se ter uma ideia do valor astronômico, para a saúde em 2.024 está orçado pouco mais de 200 bilhões de reais. Econômica e financeiramente qualquer país num estágio desse não pode andar bem.

  2. Pulo disse:

    Aumentar mais imposto para comprar políticos só para colar Dino do CV no STF foi dez bilhões para comprar senadores

  3. Coco Seco disse:

    Capitão Cueca…

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