Em Sobradinho, no Norte da Bahia, a falta de um desfibrilador no hospital público da cidade acabou causando a morte de Francisco Livino dos Santos, mais conhecido entre os amigos por ‘Moacir’.

A denúncia foi feita ao Blog pela nora da vítima, Lena Oliveira. Ela não mede palavras para dizer que tanto a Secretaria de Saúde, quanto a prefeitura municipal “agiram com descaso”, pois ainda não providenciaram o equipamento, que não custa mais do que R$ 650.

Confiram o desabafo da leitora:

Em Sobradinho-BA, cidade com mais de 20 mil habitantes, não existe/não se usa o desfibrilador, um aparelho que custa em média R$ 650,00 e que pode salvar muitas vidas. O aparelho aumenta em mais de 80% as chances de sucesso num atendimento à emergência cardíaca, em específico no caso de fibrilação ventricular.

Cerca de 90% dos casos de Parada Cardiorrespiratória estão associados à fibrilação ventricular, e o único meio efetivo de reverter a FV (Falência Ventricular) é com uso de choque terapêutico.

A desfibrilação é semelhante ao ato de apertar o botão reset de um computador: o choque faz com que as células que estão caminhando de maneira desordenada voltem ao seu estado elétrico inicial. Dessa forma, o órgão volta a bombear sangue para as demais partes do corpo reanimando/ressuscitando o paciente.

O meu sogro, Francisco Livino dos Santos, conhecido como Moacir, foi vítima do descaso do poder público de Sobradinho, pois a cidade é desprovida de aparelhos simples, mas de grande importância nos primeiros socorros. O mesmo teve parada cardíaca, e sabe o que fizeram? Colocaram-no no chão para fazer massagem cardíaca, ao invés de se usar o desfibrilador.

Sei que o senhor prefeito, secretários, vereadores etc…têm planos de saúde, mas os primeiros socorros são de grande importância para o pós-atendimento para qualquer pessoa, quer seja pobre, quer seja rico.

Muitos aqui vão ler este depoimento e ficarão alheios ao acontecimento, pois acham sempre que tragédia só acontece na casa do vizinho. Secretaria da Saúde e prefeito Luiz Vicente, agradeço aos dois a perda de mais uma vida…

Lena Oliveira/Leitora