Lei de Cotas será implementada integralmente já na próxima seleção da Univasf

por Carlos Britto // 30 de novembro de 2012 às 13:00

Até 2016 as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) terão que implementar integralmente a Lei de Cotas, que estabelece uma reserva mínima de vagas de 12,5% já em 2013 e de 50% no final de quatro anos. A lei abrange estudantes de escolas públicas, e entre estes, aqueles com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio; negros, pardos e indígenas.

Embora seja facultado às Ifes aplicar o percentual de reserva de vagas de forma progressiva, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) decidiu reservar 50% das vagas de graduação para cotistas, já no próximo processo seletivo para ingresso em 2013. Com a implementação da lei, também serão considerados os fatores raciais e socioeconômicos. A seleção para a Univasf acontece através do Enem/Sisu.

De acordo com a Reitoria, a decisão reflete os anseios da comunidade acadêmica e reafirma o compromisso da universidade de valorização de todos os segmentos da instituição. “Estas questões não podem se restringir às obrigações legais. As ações do poder público e das instituições que representam este poder se legitimam junto à sociedade, com a permanente avaliação do impacto dessas ações em nossa comunidade, para que possamos não apenas minimizar os efeitos decorrentes de décadas de exclusão pelo sistema de ensino do nosso país, mas também enfrentar as suas causas.”, avalia o reitor Julianeli Tolentino de Lima.

No início de novembro a Univasf criou uma comissão provisória, composta por dirigentes, docentes, técnicos e discentes com a atribuição de elaborar o plano de aplicação e avaliação da Lei de Cotas na universidade. Nas primeiras reuniões da comissão foram propostas ações que visam à criação de uma agenda permanente para discutir as políticas afirmativas e a respectiva institucionalização.

Serão realizados ciclos de debates e estudos avançados em torno das expressões regionais. Questões como evasão, residência e restaurantes universitários comporão a agenda de debates. A promoção de eventos voltados à valorização da diversidade humana, com foco nas questões de gênero, etnia, orientação sexual, também serão priorizadas. As informações são da assessoria da Univasf.

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