Assim que a sessão reaberta pelo 2º secretário da Casa Plínio Amorim, Osinaldo Souza (PSB), foi encerrada e Maria Elena (PSB) proclamada a nova presidente da Mesa Diretora, vários colegas da imprensa deram início a uma procura incansável por algum vereador do grupo de Ibamar Fernandes (PRTB), que também pleiteava a presidência. Mas não acharam ninguém.

Edenevaldo Alves (Petrolina FM) tomou a frente e entrou no gabinete de cada um deles. Nem sombra. Alguns gabinetes estavam, inclusive, trancados.

Para o apresentador do programa que leva seu nome, o fato ocorrido ontem na Casa Plínio Amorim é inédito. “Uma sessão ser aberta, tumultuada, o presidente manda um atestado dizendo que está doente e não vem, mas um dia antes baixa uma portaria convocando a eleição para o dia 23. E aí os oito vereadores (do grupo de Maria Elena) resolvem reabrir a sessão através do vereador Osinaldo, sem nenhum microfone aberto. Foi uma eleição no grito. Olha que eu cubro as sessões na Câmara há 20 anos, mas nunca vi nada igual”, afirmou.

Segundo Waldiney Passos (Ponte FM), que já foi assessor de imprensa da Casa, as eleições da Mesa Diretora sempre foram complicadas, mas não da forma como ocorreu ontem (15). “A gente fica na expectativa para saber se haverá a legitimidade (da eleição) por conta da justiça”, ressaltou.

Na mesma linha seguiu Néia Gonçalves (Grande Rio AM), âncora do programa Nossa Voz. Ela lamentou não apenas o que aconteceu ontem, mas todos os fatos dos últimos dias que culminaram com esse desfecho na Casa. “Acho que causa decepção, tanto para a população que estava aqui, quanto para quem acompanha o trabalho da imprensa, e para nós mesmos da imprensa, que vimos todo um tumulto desnecessário em torno de uma Mesa. Faltou serenidade, não sei de quem, mas deveria ter tido um pouco mais de cautela para não ter chegado a esse ponto. É vergonhoso”, avaliou.