Impasse jurídico entre siderúrgicas prejudica funcionários em São José do Belmonte

por Carlos Britto // 12 de julho de 2010 às 15:01

Uma pendenga jurídica envolvendo três empresas siderúrgicas culminou com a demissão de 110 pessoas em São José do Belmonte (PE), sertão do estado.

A novela começou em 2004, quando o grupo mineiro Cosiper arrendou o parque industrial da companhia pernambucana Fergusa – Mineração Afonso R. Lima S.A. O contrato previa a utilização do imóvel por dez anos. Três anos depois, a Cosiper paralisou suas atividades, alegando falta de matéria-prima no mercado, o minério de ferro. Isso fez com que a Fergusa entrasse na Justiça para rescindir o contrato e obter a reintegração da posse das instalações fabris.

Após obter vitória no Judiciário, via liminar, a empresa pernambucana firmou um novo contrato de arrendamento, de dois anos e meio, dessa vez com outra siderúrgica, também mineira, a Sidan – Siderúrgia Ltda., que começou a funcionar em maio de 2010, após ter investido R$ 7,5 milhões. Numa reviravolta, o juiz substituto da Comarca de São José do Belmonte, Otávio Ribeiro Pimentel, decidiu no final de junho, devolver a posse do imóvel industrial à Cosiper, resultando na imediata paralisação das atividades da Sidan e no desligamento automático dos funcionários.

O impasse continua e a corda, como sempre, acaba sempre arrebentando do lado do mais fraco. (Com informações do JC)

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