Impasse entre trabalhadores da fruticultura e patrões chega a 140 dias gerando prejuízos

por Carlos Britto // 24 de maio de 2023 às 19:49

Foto: CLAS Mk/divulgação – arquivo Blog

Há 140 dias sem chegar a um acordo, a Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) 2023 da agricultura irrigada vem causando sérios transtornos para a fruticultura regional e contabilizando prejuízos entre produtores e trabalhadores rurais. Revoltados com o que consideram “intransigência e falta de compromisso da representação sindical dos trabalhadores para com a própria categoria“, a Comissão dos Sindicatos Patronais do Vale do São Francisco nos estados de Pernambuco e Bahia divulgou um documento, na manhã desta quarta-feira (24), cobrando uma resposta urgente para resolver o impasse.

Entre outras alternativas de negociação, os produtores se propõem a pagar um salário de R$ 1.340,00 – o que representa um aumento de 6,01%, com ganho real acima da inflação. Outra proposta não aceita pelos sindicatos dos trabalhadores é a do pagamento de um salário de R$ 1.354,00, significando um aumento de 7,12%, o que agrega um ganho real de 1,33% (acima da inflação que foi de 5,79%). Esta proposta incluí a contrapartida de alteração do revezamento para tratoristas a cada 6 meses.

De acordo com o advogado da Comissão dos Sindicatos Patronais do Vale do São Francisco, Fábio Schnorr, esta contrapartida não acarreta nenhum dano ao trabalhador, pois a proposta dará continuidade às garantias de saúde e segurança descritas na CCT (como exames complementares, treinamentos, fornecimento de EPIs e outras medidas preventivas), além de abarcar todas as obrigações legais contidas na NR 31 (norma regulamentadora que foi assinada e elaborada com a participação dos trabalhadores representados pela Confederação dos Trabalhadores na Agricultura). “A alteração desta cláusula também é importante para os tratoristas que aplicam defensivos, pois representará, sem prejuízo à saúde deles, um ganho financeiro maior“, ressaltou.

Ainda no documento, os produtores rurais afirmam que a representação dos trabalhadores insiste nos mesmos pedidos que já fizeram e no desconto, todos os anos, de uma diária de trabalho, para os trabalhadores (cerca de R$ 43,00), sem autorização do próprio trabalhador. A comissão patronal encerra a nota lembrando a crise financeira nacional e o esforço de recuperação econômica pós-pandemia da Covid-19, além dos aumentos constantes dos custos na fruticultura e das chuvas que provocam prejuízos, principalmente nas culturas de uva e manga.

Impasse entre trabalhadores da fruticultura e patrões chega a 140 dias gerando prejuízos

  1. Valdir Maurício Gomes disse:

    Esses colonos são espertos,querem explorar os trabalhadores rurais com mão de obra barata,eles só pensam em encher os bolsos deles e os trabalhadores que estão na linha de frente que se ferrem

  2. Sebastiao gomes de carvalho disse:

    Os trabalhadores são os culpados porque fica si omilhando a patrão .Vou trabalhar fora mais não mim obrigo a esses patrão da regiao si lasca

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