HU realizou 78.468 mil atendimentos em 2019; Em 75% dos casos, os procedimentos não eram urgentes, diz relatório

por Carlos Britto // 21 de janeiro de 2020 às 15:00

Foto: Divulgação/ HU Ascom

O Hospital Universitário (HU) de Petrolina divulgou nesta terça-feira (21) o balanço anual de atendimentos de 2019 – com base no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) da unidade. Somando os procedimentos ambulatoriais e os de urgência e emergência, o HU atendeu 78.468 mil pacientes.

Ano passado, o hospital realizou 5.498 cirurgias, uma média de 458 por mês. Quase 60% dos procedimentos foram de ortopedia e traumatologia (3.077); em seguida, destacam-se os procedimentos vasculares (875) e cirurgias gerais (813).

De acordo com o relatório, os ambulatórios do HU e da Policlínica ofereceram 31.939 consultas, em 27 especialidades médicas diferentes. O número de consultas cardiológicas foi o mais expressivo (5.453), seguido por ortopedia e traumatologia (5.367) e cirurgia geral (3.691).

Superlotado

O HU é a única unidade de saúde pública da região referência para os casos de alta e média complexidade, contudo 75% dos atendimentos efetuados não faziam parte do seu perfil assistencial. A unidade utiliza o sistema internacional de classificação de risco, Protocolo de Manchester, e identificou como ‘Pouco Urgente’ quase 58% dos atendimentos e 17,6% como “Não Urgentes”.

Para a instituição, esse quadro está relacionado à ineficiência da assistência em saúde básica nos 53 municípios que compõem a Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco. Na prática, o HU termina por extrapolar sua capacidade de atendimento e, consequentemente, amplia de forma considerável a lista de espera por cirurgias eletivas, principalmente em ortopedia e neurocirurgia.

Na busca por soluções, a gestão do HU diz estar cobrando junto aos gestores municipais e estaduais os encaminhamentos dos usuários fora de seu perfil assistencial, denunciando e requerendo apoio dos órgãos de controle. Entretanto, segundo a unidade, ainda não se observa evolução em relação à resolutividade na atenção à saúde.

Buscamos o cumprimento de pactuações assinadas em 2012, quando os gestores estaduais comprometeram-se em ativar os atendimentos de urgência nas cidades de Ouricuri e Salgueiro, em Pernambuco, e Senhor do Bonfim e Paulo Afonso, na Bahia, sendo que estes dois últimos ainda não atendem os casos de baixa complexidade em ortopedia com efetividade. Caso ocorra, poderemos nos dedicar exclusivamente aos casos para os quais somos referência para toda a Rede PEBA”, comentou o superintendente do HU, Ronald Mendes.

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