HDM discute violência contra a mulher e diz já ter notificado este ano mais de 200 casos

por Carlos Britto // 21 de agosto de 2023 às 16:00

Foto: Ascom/HDM/Ismep

Profissionais do Hospital Dom Malan (HDM)/Ismep, em Petrolina, participaram hoje (21) de uma palestra com a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Polícia Civil de Juazeiro (BA), Licelma Bonfim, e com a investigadora Taís Benevides. A ação fez parte da campanha ‘Agosto Lilás’, que reforça o combate à violência contra a mulher.

A proposta da gestão do HDM/Ismep é fortalecer a rede interna do hospital no enfrentamento à violência contra a mulher. “Nossa unidade é porta de entrada de mulheres de 53 municípios que fazem parte da Rede PEBA e somos referência no atendimento à mulher. Dessa forma, é importante que nossos profissionais tenham a habilidade de identificar uma mulher vítima de violência, porque temos o compromisso de comunicar às autoridades esse tipo de crime”, destacou a diretora geral do HDM/Ismep, Carolina Lemos.

A coordenação de serviço social destaca a importância de multiplicar as informações e leis com os profissionais. “Logo no primeiro dia no atendimento da vítima suspeita de violência, a gente comunica às autoridades, encaminha a vítima ao Instituto Médico Legal para exames de corpo delito. Faz, inclusive, a inserção dos dados no sistema do Ministério da Saúde. Somente este ano, já encaminhamos mais de 200 ofícios às autoridades de casos atendidos aqui no HDM/Ismep”, destacou a coordenadora do serviço social do hospital, Kátia Carreiro.

De acordo com estatísticas da Polícia Civil (PC), 89% dos golpes de agressão física em mulheres são no rosto e partes íntimas. As policiais destacaram a Lei 13.931, de dezembro de 2019, que determina a notificação compulsória de violência contra à mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados. “Antes da lei, a mulher agredida era socorrida, voltava para casa, para o convívio com o agressor e a polícia não ficava sabendo. Um crime grave passava despercebido. Hoje é importantíssimo que o profissional de saúde perceba a violência e comunique à polícia no período de 24 horas”, ressalta a delegada Licelma.

Canais de denúncia

Para denúncia de violência contra a mulher estão disponíveis o Disque 100 e o 180, que são nacionais e chegam à polícia. Além disso, há o número 190 da Polícia Militar e em Petrolina o 153, da Patrulha da Mulher, da Guarda Civil Municipal (GCM).

Rede de enfrentamento

Estão como parte da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, em Petrolina, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Vara de Violência Doméstica e Familiar, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), Polícia Militar com a Ronda Maria da Penha, Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CEAM), Casa Abrigo, Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, entre outros.

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