Um grupo de pesquisadores do Recife passou por maus momentos em Petrolina nesta quinta-feira (21). Eles acabaram tendo de dar explicações na Delegacia de Polícia Civil (DPC) sobre o trabalho que vieram fazer na cidade.
O incidente aconteceu quando o grupo, formado por 20 pessoas, iniciou um serviço de mapeamento do novo coronavírus (Covid-19) em algumas comunidades de Petrolina, a exemplo dos Bairros Mandacaru e São Gonçalo, que consistiu de um teste rápido de 15 minutos, seguido por um questionário. No entanto, alguns agentes comunitários de saúde acreditavam que eles estariam se passando por profissionais da área, porque não tinham conhecimento desse trabalho, e passaram a denunciar o fato pelas comunidades.
Informada sobre o ocorrido, uma equipe de policiais civis foi ao encontro dos pesquisadores e os conduziram à delegacia. Tudo, no entanto, não passou de um mal entendido. Uma fonte do Blog informou que o constrangimento do grupo foi inevitável, mas a coordenadora da pesquisa deu todos os detalhes à polícia, e os pesquisadores foram liberados.
Ainda conforme essa fonte, o que aconteceu é que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) tinha um ofício do Ministério da Saúde – um dos órgãos envolvidos na pesquisa –, mas não repassou esse detalhe à Secretaria Municipal . O projeto, de nível nacional, é orçado em quase R$ 13 milhões e viabilizado por meio de parceria entre o Ministério, a Faculdade de Pelotas (RS) e o Ibope. O objetivo é mapear o cenário do Covid-19 em várias cidades brasileiras. Em Petrolina 250 foram testadas. Em todo o país, até agora, o projeto já realizou 100 mil testes. A reportagem entrou em contato com a SES sobre o assunto.
