Integrante da bancada de oposição na Casa Plínio Amorim, o vereador Gilmar Santos (PT) deixou o encontro de ontem (29) na Fundação Nilo Coelho, que abordou o novo Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Petrolina, visivelmente frustrado. Um dos principais pontos criticados por Gilmar diz respeito à organização do evento, que impediu os participantes de manifestarem suas opiniões utilizando o microfone.

“Isso não é uma audiência. O que temos aqui, lamentavelmente, é uma imposição do Executivo. Formou-se uma mesa praticamente exclusiva do Executivo, evitando essa participação direta. O que temos, efetivamente, é uma consulta, que poderia ter sido feita pela Internet”, avaliou, lembrando que nem mesmo os representantes do Legislativo tiveram acesso ao microfone.

O vereador criticou, ainda, o fato de o gestor da Compesa em Petrolina, João Raphael, não ter sido convidado para fazer parte da mesa, já que a empresa tem uma gama de informações e há décadas presta serviços em abastecimento d’água e saneamento na cidade. Gilmar lamentou também a ausência de um tradutor de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), que segundo ele “mereceriam ser ouvidos na sua forma de expressão”. Outro item observado pelo oposicionista diz respeito aos resíduos sólidos, que não foram incluídos no debate.

PPP

Gilmar mostrou-se totalmente contrário ao modelo de gestão do setor em Petrolina, proposto pelo atual prefeito Miguel Coelho, através de uma Parceria Público-Privada (PPP). “É um modelo diferente do que muitas pessoas em Petrolina gostariam de ter, que é a municipalização, com aspectos mais democráticos. Com uma presença mais pública e menos privatizante. Termos esse modelo (PPP) implantado nos próximos anos, possivelmente a gente aprofunde muito mais os problemas, seja de distribuição de água ou da garantia do saneamento”, finalizou.