Gerente de produção de fazenda invadida por MST em Petrolina nega que área seja improdutiva

por Carlos Britto // 08 de agosto de 2011 às 18:44

A diretoria da Fazenda Fruit Fort negou com veemência que a área, invadida ontem (07) por um grupo de famílias do Movimento Sem Terra (MST), seja improdutiva. Por este motivo nunca foi cogitada a possibilidade de negociar a fazenda junto ao Incra para fins de reforma agrária, como pretendem os ocupantes do MST.

Segundo o gerente de produção da Fruit Fort, Elisaldo da Luz Pires Júnior (foto), todas as áreas destinadas à produção da manga – especialidade da fazenda – estão em plena atividade. O que ocorre é que algumas dessas áreas, dos 130 hectares existentes na fazenda, estão “em repouso”, para que voltem a produzir. “O ciclo da manga é em torno de um ano, então algumas áreas estão em repouso para a safra do ano que vem e outras estão produzindo para a safra do segundo semestre, que começa no final de setembro e vai até novembro”, explicou.

Elisaldo Júnior fez questão de levar a reportagem nos locais onde a manga está em processo de floração (última etapa até vingar os frutos), e outras nas quais já deve ser colhida em, pelo menos, cem dias. Apontando para o sistema de micro-aspersão, responsável por irrigar a plantação de manga, o gerente também desmentiu que a água da fazenda tivesse sido cortada. “Se eles quiserem é só procurar o distrito de irrigação e comprovar que estamos em dia”, afirmou.

Ele admitiu haver funcionários na fazenda com aviso prévio, mas ressaltou que esse é um processo normal, pois faz parte da sazonalidade na mão de obra. “Na mesma proporção em que as empresas do setor dispensam funcionários nos finais das safras, também os contratam quando começa a produção”, argumentou.

O gerente disse ainda que o fato de a Fruit Fort andar em dificuldades de caixa devido à crise econômica não justifica a atitude do movimento, pois outras empresas do setor também estão na mesma situação e isso, segundo ele, é apenas uma fase. Elisaldo Júnior criticou a forma de como os integrantes do MST ocuparam a fazenda, chegando inclusive a danificar o portão eletrônico de entrada. Ele informou ainda que a invasão trouxe prejuízos à empresa, porque o escritório da Fruit Fort é responsável por administrar outras três fazendas do grupo na região. “Pelo menos 50% dos nossos funcionários não vieram trabalhar, por medo de represálias”, contou.

Com 30 anos de atuação, a Fruit Fort pertence ao empresário Aristeu Chaves e foi pioneira no cultivo da manga em larga escala e na implantação de um packing house destinado a selecionar a fruta para exportação. Também saiu na frente em parcerias com Embrapa e Valexport para pesquisar espécies e abrir novos mercados. As variedades produzidas na fazenda são a Tommy, Kant e Keitt. Em 2008, deixou de produzir uva e, com a crise econômica mundial, passou a se voltar para o mercado interno.

Gerente de produção de fazenda invadida por MST em Petrolina nega que área seja improdutiva

  1. Chega de Calote! disse:

    Cade o pagto do pessoal que foram demitidos. Tem muita gente passando fome.
    Enqunato isso, estão fazendo apartamentos ao lado do Macro e futuramente pretendem fazer na Fruitfort, area urbana.
    Chega de calote.

  2. Estamos de Olho disse:

    Caro Elisaldo da Luz Pires Júnior, até 2010 esta empresa produzi mais esse ano a mesma fechou até o Pecking House para exportação ou seja vozes reduziram a área em função de que vão apenas produzir para o mercado interno tornando assim 70% da área improdutiva sim, até acho que ouve um acordo com INCRA que que ouvesse a invação em função das inúmeras ações judiciais que vocês vem perdendo na justiça por questão trabalhista.

  3. Eu "decepcionado" disse:

    Seu Elisaldo Jr., já fui funcionário deste grupo fruit fort e nunca vi tanta gente como vocês daí.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários