Os efeitos da crise financeira mundial fizeram o Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, antecipar duas medidas de socorro ao setor produtivo do Nordeste. Ele aprovou ontem pela manhã a renegociação das dívidas dos fruticultores do Vale do São Francisco e a manutenção em 2009 dos mesmos limites de crédito de antes da crise para empresas exportadoras financiadas pelo FNE, o fundo de empréstimos para o Nordeste gerido pelo Ministério da Integração.Essas iniciativas estavam previstas para a segunda quinzena de março, quando ocorre a reunião do conselho deliberativo da Sudene, órgão ligado à pasta da Integração Nacional. Mas “em função da crise que reduziu o consumo de frutos e de outros produtos de exportação do Nordeste foi preciso antecipar as medidas”, explicou o ministro Geddel.
Com a assinatura ministerial, os fruticultores do Vale do São Francisco conseguiram a renegociação das parcelas vencidas a partir de setembro de 2008 e vincendas em 2009, pagando apenas 2% do saldo devedor em atraso. Além disso, poderão tomar novos empréstimos para as safras seguintes. Já as empresas exportadoras, integrantes do Nexport (Programa Nordeste Exportação), poderão contrair empréstimos do FNE até o limite de R$ 40 milhões, nas mesmas condições do ano passado. O ministro Geddel, no entanto, ressalva que “tão logo o mercado financeiro internacional volte à normalidade, nova avaliação será feita”.
As duas resoluções serão submetidas à aprovação ad referendum (aceitação posterior) do Conselho Deliberativo da Sudene, composto por todos os segmentos de interesse do setor, do governo aos trabalhadores.
Vamos esperar para ver o que acontece. Tomará que toda essa dinheirama que vai ser passada para as empresas sirva para garantir um melhor vida aos trabalhadores do vale e que possam ter garantia expressa de seus empregos, seria a hora do sindicato exigir um comprometimento dos empresários quanto a não demissão dos mesmos. Pois muito do dinheiro que entra vai para outros caminhos que não o devido.