Fernado Bezerra Coelho quer abrir mercado para produção de laranjas no Sertão

por Carlos Britto // 19 de fevereiro de 2011 às 07:01

O Ministro da Integração Nacional, o petrolinense Fernando Bezerra Coelho, assumiu o posto com o desafio de mostrar uma gestão mais eficiente.

Ele já contratou a Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, para estabelecer critérios de liberação de recursos. “Vamos ter parâmetros técnicos para diminuir o grau de subjetividade na partilha das verbas”, afirma.

A menina-dos-olhos de Bezerra é um plano de irrigação que pretende implantar em parceria com o setor privado e visa aumentar em 200 mil hectares a área irrigada no Brasil, criando novos polos de produção agrícola no semiárido nordestino.

Atualmente, há quatro milhões de hectares irrigados em áreas privadas e 400 mil hectares em áreas públicas no País. “Queremos promover a irrigação como instrumento de eficiência na produção agrícola e como instrumento de geração de emprego e renda”, disse Bezerra.

Foi com esse discurso que ele conseguiu o aval da presidente Dilma para a reestruturação no ministério, com a criação da Secretaria Nacional de Irrigação. A nova estrutura será anunciada pela presidente na segunda-feira 21, em Aracaju (SE), durante o Fórum de Governadores do Nordeste.

A presidente ficou entusiasmada com o projeto do semiárido e gostou da solução apresentada – as parcerias público-privadas (PPPs). A primeira PPP do gênero já está em implantação em Petrolina, no Vale do Rio São Francisco, terra natal de Bezerra, da qual foi prefeito três vezes.

Trata-se do Projeto Pontal, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que prevê a formação de uma área irrigável de 7,7 mil hectares para a produção de frutas.

A área junto ao Velho Chico seria ancorada por uma grande empresa, que compraria a produção de pequenos produtores. É esse o modelo que o ministro quer ver nos outros projetos. O primeiro deve ser licitado até o fim do ano e os demais a cada seis meses. “O ministério vai parecer mais uma agência de desenvolvimento do que uma secretaria de obras.”

Na segunda-feira 14, ele esteve em Araraquara, interior paulista, para apresentar o projeto à Fundecitrus, entidade que reúne produtores de suco de laranja do País, estimulando-os a levar a produção da fruta para regiões do semiárido nordestino, em áreas irrigadas às margens do rio São Francisco.

Em seguida, Bezerra se deslocou para a sede da Cutrale, maior fabricante mundial de suco de laranja, e explicou as vantagens da proposta ao presidente da empresa, José Luis Cutrale.

Além da laranja, o ministro vai procurar fabricantes como Coca-Cola e Pepsico, para oferecer-lhes projetos de produção de água de coco. “Vamos atrás de empresas que possam estruturar uma cadeia de negócios”, diz. (Com informação Isto É)

Fernado Bezerra Coelho quer abrir mercado para produção de laranjas no Sertão

  1. jimmy page disse:

    Otima ideia, pena que nesses 8 anos que estão no poder não pensaram nisso o projeto pontal esta ai parado projeto tourão tb.

    Colocar grandes empresas é tirar o pequeno colono do ramo e tornalo apenas mais um trabalhador de uma empresa desfazendo o papel social da terra, vale lembrar que o VALE DO SÃO FRANCISCO É UM GRANDE EXEMPLO DE REFORMA AGRARIA QUE DEu CERTO E DETALHE FEITA SEM O SEM TERRA.
    É POUCO PROVAVEL QUE TUDO QUE DITO NESSES SENTIDO PELO ATUAL GOVERNO SEJA APENAS BRAVATA. Vamos ver em que isso vai dar.

  2. Rodrigo Souza disse:

    Excelente ideia. Porem não justifica uma área irrigavel do projeto Pontal, o governo esta pagando o valor de R$ 165,00 o valor do ha.
    No PINC foi pago valores variando entre de R$ 1.700,00 e R$ 2.300,00.
    A Codevasf virou IMOBILIARIA.
    No Salitre a ha. saiu por 4.000,00. Diferença gritante.

  3. Petrolinense Estudante disse:

    O modelo anterior foi pouco eficiente para a industrialização da região. O agronegócio das frutas deu certo, as fazendas exportadoras lucraram mais não tiveram capacidade ou interesse em diversificar os negócios.

    As PPP´s representam o outro modelo de desenvolvimento industrial que é a atração de uma empresa âncora que deve dinamizar toda uma cadeia produtiva. Uma cadeia mais eficiente (produção e marketing) controlada por uma grande empresa que tem competência no negócio, que tem maior poder de barganha em defender os interesses do sistema sócio-econômico local face as decisões dos governos.

    Estaremos confiantes!

  4. Petrolinense Estudante disse:

    Empresas detentora de competência técnica, interesse em negócios de maior valor agregado, objetivos expansionistas, barganha política por infra-estrutura governamental…

  5. RICARDO BANANA disse:

    O Ministro está certo!!!!
    Temos que ter outras opções de cultura aqui na região e buscar inplementar as PPPS.
    A partir dai vamos ver o nosso distrito industrial funcionando na sua totalidade.. FBC É COBRA CRIADA!!!!

  6. jimmy page disse:

    Hoje nos temos mais d 50.000 pessoas familias que trabalham dirtamente em seus lotes que são seus proprios patrões pergunta a elas se elasquerem ter uma empresa como patrão niguem quer o que foi feito ate agora foi reforma agraria que deu certo e que fez o sertão se desenvolver de forma sustentavel desenvolveu pesquisas tudo para o pequeno produtor isso é valor da terra na sua maxima fução social E OS COLONIOS EMPRESARIOS SERÃO UMA ESPECIE EM EXTINÇÃO POIS TUDO ESTARAEM MÃO DE UM PEQUENO GRUPO E ESTES SERÃO APENAS MAIS UMA MÃO DE OBRA BARATA DISPENSAVEL NA ENTRE SAFRA.
    TODO POVO TEM OS GOVERNANTES QUE MERECE.

  7. raimundo perez disse:

    este filme é velho, o fbc vende muita ilusão, lembram do terminal integrado de onibus, municipalização da compesa, postos de saúde funcionando à noite, metrô etc,

  8. Rodrigo Viana disse:

    Carlos Britto,

    Temos que tomar cuidado para que junto com os paulistas não venham todas as pragas e doenças que estão assolando a citricultura de lá. No estado tem Cancro cítrico, Grening, pinta preta pragas altamente prejudiciais para o citrus. Em diagnóstico publicado pela revista ABCitros foi dado 03 diagnósticos para a citricultura daquele estado todos levando a decadência da citricultura por lá.

    Para vc ter idéia o estado da Califórnia com o furacão Katrina teve esporos do cancro cítrico espalhado em todos pomares de citros passando de exportador a importador de citros.

    Isso além de uma questão política que claro é o que interessa FBC e cia é uma questão de defesa agropecuária pois todo o nordeste está isento dessas pragas e não devemos permitir que elas cheguem.

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