Feira da Areia Branca é alvo de críticas, mas representante da prefeitura rebate: “Não existe essa de abandono”

por Carlos Britto // 29 de outubro de 2019 às 13:10

A feira livre da Areia Branca, considerada uma das principais de Petrolina, vem sendo criticada por conta de alguns itens estruturais. Conforme denúncia recebida pela reportagem, o lixo acumulado no local é deixado pelos próprios feirantes, que também não se preocupam com a sujeira e ferrugem dos freezers e balcões frios.

Além disso, na parte de carnes, as ossadas e outras peças não aproveitadas do animal são esquecidas ali mesmo, gerando infestação de baratas e atraindo cães e gatos de rua, que ficam pelas redondezas da feira. Em entrevista ao Blog, o diretor de Feiras Livres da Prefeitura de Petrolina, Tony Cesar, minimizou as críticas.

Segundo ele, o autor da denúncia escolheu justamente dois horários de maior movimento no local: à noite, quando a carne é desossada e os ossos, de fato, ficam em cima das bancadas para que sejam separados de outras peças para serem vendidas; e pela manhã, quando é realizada a limpeza. Tony assegurou que o espaço passa por cuidados diários, mas às segundas essa limpeza é mais pesada devido ao movimento de final de semana. Aos sábados e domingos, quando aumenta a frequência de clientes, a preocupação é com a higienização dos banheiros.

Essa de abandono não existe. Longe disso”, desabafou o diretor, lembrando que a equipe conta com 11 funcionários que dão conta desse trabalho. “É até desrespeito com o funcionário, que está lá todos dias, dizer que não está sendo feita essa limpeza”, completou.

Projetos

Tony admitiu, no entanto, que alguns feirantes precisam se educar para fazer sua parte, já que a prefeitura disponibiliza toneis e sacos plásticos, mas eles preferem jogar o lixo no chão. O diretor frisou que a Agência Municipal de Vigilância Sanitária (AMVS) desenvolve um curso de manuseio de alimentos, justamente para levar conscientização a esses profissionais. “Mas pouca gente procura”, revelou.

O representante da prefeitura argumentou que problemas sempre vão existir, até porque são seis feiras existentes para manter tudo em ordem. Mas Tony afirmou que o cenário desses espaços, deixado pela gestão anterior, não era dos mais agradáveis. “Tivemos que ajeitar muitas coisas, principalmente os banheiros, que eram a parte pior que nós encontramos. Temos feito a cada três meses a parte de iluminação, trocando lâmpadas, reposição de tomadas. A gente tem procurado ajudar e trabalhar em parceria com eles (os feirantes)”, destacou Tony, acrescentando já ter experiência na área por ter ocupado anteriormente esse mesmo cargo.

Ele assegurou que, das feiras livres que conhece Brasil e Estado afora, Petrolina tem as melhores. Tony adiantou também que existem dois projetos de modernização, tanto da feira da Areia Branca quanto da Cohab Massangano. As propostas estão em Brasília (DF), mas com a mudança no comando do governo federal, ambas estão passando por um processo de revisão. Os futuros recursos oriundos desses projetos seria destinados, entre outros itens, a melhorias no piso e banheiros. Tony frisou, entanto, que as demais feiras da cidade também serão beneficiadas, a exemplo da do Ouro Preto (que não foi concluída pelo Governo Lossio). “A gente espera que em 2020 possamos melhorar ainda mais o que já foi feito”, finalizou.

Feira da Areia Branca é alvo de críticas, mas representante da prefeitura rebate: “Não existe essa de abandono”

  1. Defensor da liberdade disse:

    Quero números senhor secretário, preto no branco, blábláblá só convence quem tem o QI de uma ameba. Me traga pesquisas de satisfação e saberemos quem é melhor.

  2. Danilo Mororó disse:

    Frequento a Feira da Areia Branca nos domingos e o que vejo é a falta de educação tanto dos feirantes (parte deles) , que deixam restos de produtos pelo chão e de parte da população, que também descarta lixo no chão. Aqui no Brasil o povo joga o lixo no chão e no mesmo momento reclama do poder público.

    1. MARCIUS disse:

      Pura verdade. A questão lixo é pura culpa dos feirantes e usuários. A prefeitura cabe a estrutura.

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