Com o abatedouro municipal fechado há quase três anos em Petrolina, cresce a incerteza dos marchantes quanto ao trabalho e a insegurança da população em relação à qualidade da carne. O local segue sendo alvo de um processo judicial, que se arrasta até hoje. O abatedouro foi fechado em 2017 para reformas, que começaram em janeiro de 2018 e tinham previsão de encerramento em julho do mesmo ano, com orçamento de cerca de R$ 2 milhões.

No entanto, uma decisão da Justiça Federal de Petrolina suspendeu, poucos meses antes da entrega, em 2018, as obras no matadouro por considerar que o equipamento não poderia ser aberto em área urbana, descumprindo a legislação ambiental. O juiz federal Arthur Napoleão acatou uma ação popular e determinou também a aplicação de multa no valor de R$ 1 milhão à administração, caso não cumprisse com a decisão.

Em agosto de 2020, o prefeito Miguel Coelho assinou um contrato de concessão para administração do abatedouro público de Petrolina. A empresa EquipeAbate (de Garanhuns, no Agreste pernambucano) venceu a concorrência pública e seria a responsável pelo gerenciamento, exploração e manutenção periódica do equipamento público requalificado pela gestão municipal. A expectativa era de que na segunda quinzena de setembro o abatedouro começasse a funcionar, após ficar desativado por 9 anos. Contudo, até hoje o local não foi reaberto e continua rendendo muita controvérsia. É aguarda o desfecho dessa novela.