A Jornada de Lutas por Reforma Agrária em Pernambuco, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) já ocupou até o momento 11 latifúndios em todo o Estado. Em Petrolina 100 famílias ocuparam a Fazenda Lagoa da Pedra.

No sertão do Estado, quatro latifúndios foram ocupados. No município de Tacaratu, 350 famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda Salgadinho; em Custódia, 120 famílias ocuparam a Fazenda Marreco; no Sertão do Araripe cerca de 200 famílias ocuparam a Fazenda Cedro II, no município de Ipubi. Já na região Agreste a Fazenda Amarela, no município de Jataúba, foi ocupada por 130 famílias.

Além dessas ocupações, as famílias se instalaram na fazenda Passarinho, em Ibimirim; no Engenho Pará, em Camutanga; e uma reocupação da Fazenda Taquari, em Passira. No município de Maraial, Mata Sul, cerca de 100 famílias ocuparam o Engenho São Salvador; no município de Moreno, 130 famílias reocuparam o Engenho Poço de Anta, pertencente à Usina Bulhões; e no município de Gameleira, cerca de 80 famílias ocuparam o Engenho Paca.

O MST espera atingir todas as regiões do Estado ainda esta semana. Em entrevista ao JC online o coordenador estadual do movimento, Jaime Amorim, afirmou as ocupações estão acontecendo sem maiores conflitos. “Estamos com dificuldades de contactar nossos companheiros no interior, mas o número certamente aumentou”, disse. Esta mobilização, segundo ele, é uma resposta ao desempenho do Incra do Recife e de Petrolina em relação aos assentamentos em Pernambuco. “É o pior ano do órgão desde sua criação. Tivemos apenas 70 famílias assentadas no Estado todo e isso ajudou a aumentar a pressão de articular essa jornada no Estado todo”, disse.