O Museu do Sertão abre daqui a pouco, às 9h, uma exposição sobre um verdadeiro legado da comunicação regional: o jornalista João Ferreira Gomes.
Conhecido carinhosamente em Petrolina como Joãozinho do Pharol, ele foi pioneiro no jornalismo local ao idealizar o periódico que leva no seu apelido.
A exposição, que marca os 110 anos de nascimento de Joãozinho, vai contar um pouco sua trajetória de vida, além de trazer detalhes sobre a fundação do jornal O Pharol, idealizado por ele em 1915. O periódico funcionou até o final dos anos 80.
O evento é promovido pelo Movimento Petrolina Literária e conta com o apoio da prefeitura municipal. A Orquestra Philarmonica 21 de Setembro fará uma participação na exposição.
Revisitar a História de Homens Ilustres de nossa terra sempre será de grande monta. Ainda mais quando se trata do ilustre jornalista e empresário João Ferreira Gomes ( Joãozinho do “Farol” ), que sempre primou pela reputação do seu jornal, eleborando e editando, através das montagens, letra a letra, nas tabuletas com os tipos (letras ou números) feitos de chumbo, exigindo atenção, cuidado e esmero nas notícias e informações da nossa comunidade, do nosso Estado e do Mundo.Muita gente escreveu colunas no jornal de seu Joãozinho.Nesse tempo, lembro-me bem do médico e amigo Dr. Gentil Porto, brilhante na literatura, Inah Torres,petrolinense queridamente adotada,que sempre projetou esta terra,através das colunas sociais,o escritor José Raulino Sampaio, que além de escrever poemas também era o autor da Coluna Drumoniana, Cid Carvalho, poeta e escritor,que possuiu o também brilhante Jornal ” O Sertão, J. Mildes, poeta e escritor, de uma educação singular, Paulo Junior, com sua coluna “Panorama Político”, sobre política local, Carlos Alencar,com sua coluna “Tiro Livre”,sobre esportes, Simão Durando,que escrevia ” Momentos de Reflexão”,e tantos outros escritores, poetas, que ajudaram a elevar a comunicação danossa cidade.
O jornal ” O Farol” era todo diagramado manualmente e, porisso mesmo, elevava o seu valor comunicativo pela persistência de seus profissionais,capitanedos por seu Joãozinho.
Portanto, é singular essa homennagem que o Museu do Sertão faz com todos os méritos ao Joãozinho do “FAROL”.Parabéns.Joaquim Florencio Coelho
Endosso as palavras de Joaquim Florêncio. Fico feliz que esteja sendo feita esta homenagem e a exposição que relembra a saga do saudoso “Seu” Joãozinho do Pharol – um homem de fala mansa, cuidadoso no tratamento para com as pessoas, polido e acima de tudo um sonhador que fez das letras o seu maior legado. A história de João Ferreira Gomes conta-se por si só e se complementa através do serviço que o seu importante jornal prestou a Petrolina e região durante o tempo em que circulou. Pena que pouco tempo após o falecimento de “Seu” Joãozinho o Pharol tenha se apagado; o que aconteceu em seguida à morte de Bosco – um fato que abalou a nós todos mas que parece ter sido uma coisa que estava “escrito nas estrelas” – o Jornal teria cumprido a sua missão e o sonho teria acabado! Sabemos apenas que a causa apresentada foi a falta de apoio e incentivo econômico. Faltou também, diga-se de passagem, desinteresse empresarial em tocá-lo para a frente! .
Estão de parabéns os promotores da Exposição. Estivesse eu em Petrolina e iria prestigiá-la.
Um abraço a Joaquim Florêncio e a todos que tiveram o privilégio de ler, colaborar ou trabalhar no O PHAROL – como eu, com muito orgulho!
JOTA MILDES – jornalista e escritor
O fechamento do jornal o Pharol foi uma perda imperdoável para os políticos e os empresários de Petrolina que deixaram que isto acontecesse. Mesmo sendo um jornal de reduzidas condições tecnológicas o Pharol tinha uma história muito bonita e sempre trazia em suas páginas belos trabalhos escritos por intelectuais de nossa região. Eu era fã de carteirinha dos cronistas Dr. Gentil Porto, Jota Mildes e Capitão Esmeraldo e dos poetas José Raulino e Cid Carvalho. Não conheci ninguém que não gostasse de ler os textos inteligentes de Dr. Gentil e as Croniquetas e 0 Sinal Verde cheios de prosa e verso de Jota Mildes. Pessoas assim fazem falta no cenário intelectual de nossa região. Parabéns ao pessoal do Movimento Petrolina Literária e ao Museu do sertão pela homenagem a Joãozinho do Pharol. A vida é assim a gente só lamenta depois que as coisas boas desaparecem.
O Senhor Joãozinho do “O Phorol” não foi apenas um jornalista audacioso, mas o maior mobilizador social que Petrolina já conheceu nos primórdios da sua história.
Valeu aos colaboradores do jornal que financeiramente mantiveram o jornal em circullação e consequentemente a história da cidade viva!!
Muito Obrigada!!!
A segunda fase do jornal O Farol depois que seu joãozinho faleceu foi tambem muito bôa. Me lembro que o Jornal ficou moderno mais com amorte de bosquinho filho de seu joãozinho o jornal acabou de circular e ninguem sabe porque, se foi mesmo falta de appooio dos politicos ou dos comerciantes ou de quem.
tive a oportunidade de trabalhar no jornal na época do seu joãzinho e do bosco,.fui em quem datilografava as matérias , na época feita atravez de máquina de escrever elétrica.
trabalhei no ano de 1983 a 1985. hoje estou morando em s.paulo, atuo hoje em auditoria fiscal contábil, tenho vontade em fazer uma vizita a petrolina só não sei quando. faz mais de 20 anos de não ando na região,mas um dia irei matar minhas saudades.
att.deógenes
Fico feliz em deixar uma mensagem onde se fala do meu querido “Tio Joaozinho do Farol” lá da minha querida Petrolina
Até hoje fica dificil lembrar que o mesmo faleceu tão longe dos familiares…..foi muito triste….
Bom lembrar dos seus abraços bem apertadinhos !!!
Alguém sabe informar se é possível acessar aos jornais antigos do Pharol?
Queria muito redescobrir os fatos passados em Petrolina e na região.
Att. Jaime Vasconcelos.
Bom dia.
Meu pedido de informação é o mesmo de Jaime Vasconcelos, saber onde posso acessar os jornais antigos de O Phorol. É que meu tio Ozias Afonso de Almeida, já falecido, de Santa Maria da Vitória (BA), publicava poesias e outros textos neste Jornal. Consegui uma cópia de um de seus sonetos, “A luz do teu olhar”, datado de 3/4/1950, e gostaria de obter cópia de outros eventualmente divulgados.
Saudações,
Novais Neto