Exclusivo: Avianca é condenada por prática racista contra ex-colaborador em Petrolina

por Carlos Britto // 30 de setembro de 2019 às 12:00

(Foto: Reprodução)

Um ex-colaborador da empresa aérea Avianca Brasil que sofreu humilhações e discriminação de caráter racial dentro do ambiente de trabalho, em Petrolina, praticado por seu superior hierárquico e uma colega receberá indenização de R$ 10 mil por danos morais. A sentença do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) saiu na última sexta-feira (27) e ainda cabe recurso.

Na reclamação trabalhista, o profissional, que prefere não se identificar, afirmou que era, no ambiente de trabalho, “perseguido e humilhado” e que sempre foi alvo de piadas de cunho racista, com utilização de apelidos relacionados à tonalidade de sua pele. A vítima acusou dois superiores – o chefe de setor e uma gerente de despacho.

O TJPE disse que a empresa negou os fatos, “aduzindo que o autor não mantinha contato com a gerente de despacho e que o chefe de setor tratava os seus subordinados com urbanidade” (ou seja, com respeito).

Humilhações

O ex-colaborador relata que foram 8 anos sofrendo assédio e racismo. “Entrei na empresa em janeiro de 2009 e sai em junho de 2017. Foram oito anos de muita humilhação. Eles me chamavam de ‘negro idiota’, ‘negro burro’ e outras citações e apelidos racistas”, relembra, em entrevista exclusiva a este Blog. “Fui demitido depois de ir a São Paulo falar diretamente com um superior da empresa”, reforça o ex-colaborador.

Ele destaca que a indenização não apaga as humilhações sofridas. Diz, ainda, que se apegou na fé para não surtar. “O dinheiro não paga. Fiquei mal, cabisbaixo em muitos momentos. Mas coloquei nas mãos de Deus. Ele é muito bom, muito justo. Deus sabe de tudo e a justiça divina não falha”, finaliza. A empresa ainda foi condenada a pagar os honorários do advogado da vítima.

Outro caso

Este Blog mostrou um caso semelhante em 2018, envolvendo uma ex-colaboradora da Avianca em Petrolina. Ela trabalhava como agente de despacho e disse a este Blog que era chamada de “cavala – além de outros apelidos pejorativos, inclusive de cunho sexual – e passava por situações vexatórias diariamente. A mulher relatou que tinha medo de denunciar, mas mudou de ideia depois de receber apoio familiar e de outra colega de trabalho, que testemunhou junto à Justiça. O valor indenizatório foi de R$ 5 mil.

O Blog procurou a assessoria da Avianca para comentar esse caso. Por meio de nota, a empresa disse que “não comenta processos judiciais em trâmite“.

Exclusivo: Avianca é condenada por prática racista contra ex-colaborador em Petrolina

  1. Marcos Aurélio disse:

    iihuuuu. Justiça sendo feita.

  2. Eliana disse:

    Justiça sendo feita.
    Acabou o tempo do chicote.
    Racistas não passarão.

  3. Mecena disse:

    É só o começo, a vida vai mostrar como respeitar as pessoas.
    Tchau bebê

  4. Ronaldo disse:

    Parabéns pela coragem.
    Atitude baixa e mesquinha desses “gestores” ou seria melhor chamar gente assim de capitão do mato?

  5. Jair Morales disse:

    É assédio, racismo. que empresa é essa…
    muita tirania.

  6. Cassiano disse:

    Só li verdades. Lá acontecia isso e muito mais.
    Não é à toa que hoje os que humilhavam, pisavam e massacravam estão como estão: foram demitidos e nem pra fila da caixa como a gerente dizia foram kkkkkkkkkkkkk

  7. Heleneide disse:

    Tem que aparecer é os nomes dos racistas.
    Assim a cidade toda vai saber quem são.

  8. Maria disse:

    O nome disso é justiça.
    Pisaram muito em muita gente, humilharam, atormentaram o psicológico de muitos.
    Foi o pior lugar e com os líderes mais cruéis que já pude vê.
    Fiquei pouco tempo lá mais vi de perto o que é trabalhar com gente sem alma que sente alegria em maltratar os outros.

  9. Pablo disse:

    O nome do responsável pelas humilhações e pelo racismo é Antônio
    Cuidado quem contratar esta alma sebosa.

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