Ex-procurador-geral Rodrigo Janot revela ter ido armado ao STF para matar Gilmar Mendes

por Carlos Britto // 27 de setembro de 2019 às 07:20

Gilmar Mendes e Rodrigo Janot. (Foto: Lula Marques)

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse nesta quinta-feira (26), ao jornal O Estado de São Paulo, que no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. “Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou Janot.

Em entrevista ao jornalista Valmar Hupsel Filho, o ex-procurador-geral disse que, logo depois de ele apresentar uma exceção de suspeição contra Gilmar, o ministro difundiu “uma história mentirosa” sobre sua filha. “E isso me tirou do sério”, afirmou.

Em maio de 2017, Janot, na condição de chefe do Ministério Público Federal (MPF), pediu o impedimento de Gilmar na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Gilmar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário.

Ao se defender em ofício à então presidente do STF, Gilmar afirmou que a filha de Janot – Letícia Ladeira Monteiro de Barros – advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o ministro, a filha do ex-PGR poderia na época “ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato”.

Foi logo depois que eu apresentei a sessão (…) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal… e aí eu saí do sério”, afirmou o ex-procurador-geral.

Armado

Janot disse que foi ao Supremo armado, antes da sessão, encontrou Gilmar na antessala do cafezinho da Corte. “Ele estava sozinho”, disse. “Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus”, repetiu o procurador ao justificar, ainda na entrevista ao Estadão, por que não concretizou a intenção.

Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção)”, relatou. “Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma ‘mão’ mesmo”.

O ex-procurador-geral disse que estava se sentindo mal e pediu ao vice-procurador-geral da República o substituir na sessão do Supremo. A cena descrita acima não está narrada em detalhes no livro Nada menos que tudo (Editora Planeta), no qual relata sua atuação no comando da Operação Lava Jato. Janot alega que narrou a cena, mas “sem dar nome aos bois”.

O ex-procurador-geral da República diz que sua relação com Gilmar já não era boa até esse episódio, mas depois cortou contatos. “Eu sou um sujeito que não se incomoda de apanhar. Pode me bater à vontade… Eu tenho uma filha, se você for pai…” (Fonte: Estadão)

Ex-procurador-geral Rodrigo Janot revela ter ido armado ao STF para matar Gilmar Mendes

  1. JORGE disse:

    É UMA PENA QUE ELE NÃO TENHA FEITO ISSO, ESSE SENHOR GILMAR MENDES É O CANCER DO BRASIL E CONSEGUE SER PIOR QUE A CLASSE POLITICA

  2. Márcio disse:

    Infelizmente ele não finalizou esse câncer!

  3. popo disse:

    A Classe Poitica o apoia em todas as suas maracutais…Elle Gilmar causa uma tragedia nessa Republica

  4. JONAS BARBOSA DA CUNHA FILHO disse:

    É pena mesmo, esse Gilmar Mendes, tem que ser queimado é vivo !!!a pior bactéria do Brasil!!!psicopata.😒

  5. birobiro disse:

    Repudiável e desnecessário. Se todo desafeto for resolvido na base da bala, não sobraria ninguém.

  6. Walnina Carvalho disse:

    Concordo com vc Jorge,isso é uma coisa do demônio.

  7. Edilberto disse:

    Pena que ele não concluiu, teria feito imenso favor ao pais e nosso povo.

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