Ex-ministro Guido Mantega deixa sede da PF após Sérgio Moro revogar prisão

por Carlos Britto // 22 de setembro de 2016 às 18:30

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O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega deixou a sede da Polícia Federal (PF) em São Paulo por volta das 14h desta quinta-feira (22) após o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, ter revogado sua prisão. Ele saiu da PF com o advogado em um carro com os vidros escuros, sem falar com a imprensa.

Mantega foi preso por volta das 7h50 desta quinta-feira no hospital Albert Einstein, onde acompanhava sua mulher, que tem câncer, em um procedimento cirúrgico.

Ele foi alvo de mandado de prisão temporária na 34ª fase da Lava Jato, batizada de Operação ‘Arquivo X’. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista disse em depoimento ter pago 2,35 milhões de dólares ao PT, a pedido do ex-ministro.

Para o advogado de Mantega, José Roberto Batochio, a revogação da prisão foi um ato de “legítima defesa da operação”. “Foi uma prisão desnecessária, abusiva, autoritária e sobretudo desumana pela ‘coincidência’ com a cirurgia da mulher“, disse Batochio.

Para o advogado, a prisão foi revogada depois que a opinião pública se revelou contrária à prisão.

Desconhecimento

Moro afirmou que a PF, o MPF e ele mesmo não tinham conhecimento do estado de saúde da mulher do Mantega, que tem câncer. O ex-ministro estava com ela no hospital Albert Einstein no momento da prisão.

A Polícia Federal afirmou que, nas proximidades do hospital, agentes ligaram para Mantega, que se apresentou espontaneamente na portaria. “De forma discreta e em viatura não ostensiva, o investigado acompanhou a equipe até o apartamento e, já tendo feito contato com seu advogado, foi então iniciado o procedimento de busca”, diz trecho de nota oficial emitida pela Polícia Federal.  Segundo o advogado, ele quem sugeriu que Mantega se apresentasse no lobby do hospital para evitar que homens com “roupas pretas, tocas ninjas e metralhadoras entrassem no hospital e causassem tumulto”. (fonte: G1-SP/foto: Marcos Bezerra/Futura Pressa/Estadão Conteúdo)

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