Estudante pede mais clareza de diretoria da Facape

por Carlos Britto // 22 de setembro de 2013 às 21:28

O estudante de Direito Adão Lima ainda não se convenceu sobre a ‘metodologia’ usada para que a Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) aparecesse como bem avaliada num ranking universitário divulgado pela ‘Folha de S.Paulo’. Ele cobra ainda transparência quanto à execução orçamentária e diz que a diretoria da Facape apresenta vários pontos contraditórios.

Leiam:

FACAPEA Facape tem sido notícia nos últimos dias pela boa colocação numa pesquisa do Jornal Folha de São Paulo. E mesmo não compreendendo bem a metodologia empregada pelos avaliadores, e em que pese a constatação da maioria dos alunos destoarem diametralmente dos resultados apontados pelo estudo, nós alunos, de algum modo, sentimo-nos lisonjeados com a referência.

Entretanto, apesar do breve contentamento trazido por pessoas distantes do nosso convívio, algo ainda nos incomoda bastante. Como, por exemplo, a falta de transparência na execução orçamentária da autarquia por parte da atual direção, que ignorando o apelo dos alunos e da comunidade em geral, e desrespeitando flagrantemente a Lei, mantém sob segredo as contas da Instituição.

Prova suficiente disso é a demora em dar respostas à solicitação feita ao presidente da autarquia, senhor Rinaldo Remígio Mendes, em requerimento subscrito por mais de 400 alunos e devidamente protocolado no Centro de Atividades Discentes (CAD), em 17/05/2013, no qual se pedia a abertura das folhas de pagamento de pessoal para a maior transparência exigida pela lei 12.527/2011.

Todavia, até a presente data nenhuma providência foi tomada pela a atual gestão a fim de cumprir o seu dever de transparência. Mantendo, assim, à revelia dos maiores interessados, guardada a sete chaves, qualquer informação sobre como lida com recursos captados à custa do sacrifício financeiro dos alunos e de suas famílias.

O que é contraditório, uma vez que o tal do equilíbrio financeiro em que se encontra a instituição, constantemente alardeado pelo senhor Remígio, nas diversas entrevistas em que tentava justificar a necessidade e urgência de majorar de forma tão abrupta as mensalidades da Facape, seria uma grande oportunidade para festejar e expor exaustivamente os acertos, fazendo calar seus opositores e, também, os céticos que relutam em reconhecer os feitos admiráveis desta invejável administração.

Então, por que esconder aquilo que deve nos orgulhar? Quando todos terão acesso à verdade? Quando saberemos quem são os privilegiados que ganham 20 mil de salário? E as autoridades, quando abandonarão o conforto da inércia e letargia, para compensarem a confiança que lhes dão o povo?

Adão Lima de Souza/Estudante de Direito

Estudante pede mais clareza de diretoria da Facape

  1. Antestor disse:

    O sr. Adão teve a coragem que muitos alunos da FACAPE não teve. Lanço, inclusive uma pergunta: Quando é que a FACAPE irá terminar a obra do estacionamento? Por mais quantos anos (isso mesmo, anos) essa obra vai se arrastar?
    OBS: Vale lembrar que essa obra na verdade não passa da feitura de um piso de cimento de quinta categoria, sem drenagem alguma!

  2. Silva disse:

    Se estão, de fato escondendo as informações que, por exemplo, poderiam implicar em mensalidades menores para os cursos e/ou em melhor remuneração para os servidores e/ou mais investimentos em acervo bibliográfico e/ou mais investimentos em laboratórios, o autor deste texto (ao qual dirijo meus parabéns) deveria denunciar formalmente (e com provas) ao Ministério Público (o qual, espera-se, não será omisso).

  3. Jair Lima disse:

    A Administração anterior era um exemplo de transparência!

    1. Silva disse:

      Os erros do passado cometidos por outros gestores não devem (ou, pelo menos, não deveriam) justificar os erros de quem agora gere a instituição. Tomando como exemplo uma cidade fictícia, e falando apenas em tese, não é o fato de um prefeito corrupto ter desviado dinheiro público, no passado, que habilita um prefeito contemporâneo a desviar dinheiro público. Erros são erros, devendo ser evitados, seja qual for o espaço, seja qual for o tempo em que o evento ocorre.

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