Cidades que ficaram submersas durante décadas voltaram à tona no norte da Bahia. Onde barcos navegavam, agora dá para chegar de carro. A seca está revelando lugares que ficavam debaixo d’água – principalmente das antigas cidades que sumiram nas águas do Lago nos anos 70. Casa Nova e Sento Sé são dois municípios onde as águas do lago mais de afastaram, e as ruínas das antigas cidades, inundadas para a construção da represa, agora estão visíveis. O problema, inclusive, já ganhou repercussão nacional. O Jornal Hoje, da TV Globo, por exemplo, está fazendo uma série de reportagens sobre o assunto.
O mar de água doce, que se espalhava por mais de 300 quilômetros, está irreconhecível. O lago de Sobradinho nunca foi visto assim desde que se formou. A seca está revelando lugares que ficavam submersos. Pilão Arcado e Remanso também vivem o mesmo drama.
Na época, mais de 70 mil pessoas foram obrigadas a se mudar para as novas cidades construídas com o mesmo nome e fora do alcance das águas, represadas pela barragem de Sobradinho.
Hoje (1º), segundo o Operador nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Lago está com 1,11% de sua capacidade total de armazenamento. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Casa Nova informou que é provável que o município tenha que suspender o abastecimento d´água. Um alerta já foi lançado à população da cidade pelo órgão. A esperança dos sanfranciscanos ainda são as chuvas, que teimam em não cair. Mas como disse um dia Euclides da Cunha, “o sertanejo é antes de tudo um forte”.
(fotos/reprodução TV Globo)




