Embrapa ainda tem desafios a enfrentar, garante diretor

por Carlos Britto // 19 de junho de 2010 às 16:20

DSC04373

A fruticultura irrigada alavancou o desenvolvimento de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia – as duas principais cidades do Vale do São Francisco. Mas esse processo começou com estudos de viabilidade econômica realizados por instituições de pesquisa que transformaram experimentos bem sucedidos em realidade. A Embrapa Semiárido é uma delas. Por isso, a empresa marcou seus 35 anos de serviços prestados à região com um jantar, ontem (18), no bufê Festa Viva,que reuniu representantes da imprensa regional, parlamentares e lideranças comunitárias.

Considerado um dos centros de pesquisa mais importantes do país e do mundo, a Embrapa ainda tem muitos desafios pela frente. Quem garante isso é o diretor executivo da empresa, Geraldo Eugênio (foto).

Segundo ele, daqui a pelo menos 40 anos o País deve se tornar o principal produtor de biocombustíveis para o mundo. Isso significa que a Embrapa Semiárido precisa ser dinâmica e com pesquisadores cada vez mais qualificados. “A Embrapa é uma instituição jovem, mas sabemos que as mudanças que virão no País serão fundamentais”, ponderou.

Geraldo Eugênio enfatizou ainda que graças ao trabalho da empresa o Brasil deixou em pouco tempo de vender para doar alimentos. Por esta razão ele acredita que a Embrapa pode transferir tecnologia mais facilmente para países da América do Sul ou até da África do que os Estados Unidos e Europa, colaborando assim para minimizar a problemática da fome pelo mundo. “A Embrapa hoje é fundamental para a política externa do governo brasileiro”, enfatizou.

Perguntado se o governo federal, por sua vez, tem reconhecido o papel da Embrapa nesses 35 anos, o diretor justificou que o aparato de pesquisa necessita de qualificação com frequentes investimentos, e que muito ainda precisa ser feito. No entanto acredita que o governo faz sua parte. Citou como exemplo os R$ 256 milhões investidos este ano, face os R$ 17 milhões em 2002 (último ano do governo FHC). Lembrou também que a Embrapa é a empresa que mais contrata funcionários e pesquisadores no mundo. Mas as reivindicações vão continuar. “Obviamente que iremos pedir mais para ofertar mais aos produtores de norte a sul do País”, frisou.

Por Antonio Carlos Miranda

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários