Em visita ao Blog, pré-candidatos da OAB-PE e de Petrolina falam em renovação

por Carlos Britto // 09 de setembro de 2021 às 11:45

Renovar para mudar. Ou seria o contrário? De acordo com os integrantes que encabeçam a oposição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o significado dessa frase tem apenas um único sentido. E é com esse foco que irão para a disputa pela presidência da entidade, tanto da Seccional em Pernambuco quanto da Subseccional em Petrolina. A eleição acontecerá no próximo dia 16 de novembro.

O Blog recebeu ontem (8) a vista dos advogados que fazem parte da oposição – Almir Reis e Fernanda Resende, no Recife, e Caroline Tosaka, em Petrolina. No entanto, eles deixaram claro que ainda não estão em campanha.

Isso porque o período eleitoral começa a partir do dia 16 de setembro, com a publicação do edital. Só a partir de então, as chapas terão um prazo de 30 dias para serem formalizadas.

De qualquer maneira, eles adiantaram detalhes de suas propostas. De acordo com Almir Reis, que concorre à presidência da Seccional, muitos advogados, quando concluíam seus bacharelados, voltavam-se para concursos públicos na área. Porém o Governo Bolsonaro praticamente fechou as portas, no momento, para os certames, o que levou os advogados a investirem em suas carreiras e, consequentemente, buscarem o apoio da OAB. “Eu quero acabar com aquela coisa da liturgia, do formalismo exacerbado. Quero uma classe próxima do advogado (…) Não vou resolver todos os problemas, não sou messias. Mas garanto que quando terminar nosso mandato, em 31 de dezembro de 2024, vou recuperar o orgulho de ser advogado e advogada. Quero uma classe novamente respeitada”, declarou.

Almir ressaltou que, para isso, vai “comprar as brigas que forem necessárias” para assegurar a valorização dos advogados. Ele considera que o momento é de mudanças, já que os atuais detentores dos mandatos estão há 15 anos. “É hora de oxigenar. (A OAB) virou, na verdade, uma capitania hereditária”, completou.

Ele justificou ainda que a dificuldade de alguns em largar o poder na entidade vai muito além do que apenas prestígio, poder e dinheiro, mas precisa de gente comprometida com a essência da Ordem. “A OAB é a grande porta-voz da sociedade civil organizada e tem de ter um presidente combativo, altivo, determinado, com serviços prestados”, ponderou, acrescentando que a receptividade do movimento está sendo positiva. “Por onde a gente chega, parece que a gente conhece as pessoas há não sei quanto tempo”, afirmou.

Protagonismo inédito

Pré-candidata a presidente da Subseccional, Carol Tosaka fará história se for eleita, já que a OAB Petrolina nunca teve uma mulher à frente da entidade. Mas essa marca não é a única que ela pretende deixar. Carol afirmou que pretende lutar por melhorias para a classe, que não dispõe de uma logística adequada na penitenciária local, nem na cadeia feminina (em relação aos advogados criminalistas). Segundo ela, a Sala do Advogado da OAB também é precária. “O que a gente quer é um olhar atento da OAB para esse tipo de questão, porque isso será bom não apenas para o advogado, mas para toda a sociedade”, concluiu.

Em visita ao Blog, pré-candidatos da OAB-PE e de Petrolina falam em renovação

  1. Advogado de saco cheio disse:

    Almir Reis, Fernanda Resende são a esperança dos advogados militantes de Pernambuco. Juntamente com Carol Tosaka, os advogados de Petrolina serão mais valorizados, sobretudo, serão ouvidos pela seccional.

    Chega de promessas, de faz de conta, de enrolação. Precisamos de uma diretoria que lute pela classe, que rateie os benefícios com todos.

    Chega de levar para a capital o dinheiro arrecadado em Petrolina e nada fazer pelos advogados do sertão. Precisamos de uma gestão transparente, seria é comprometida.

    Pela renovação da OAB, do Cais ao Sertão!

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