Em processo de implantação em Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria, Reserva Tatu-bola será transformada em área de uso sustentável

por Carlos Britto // 29 de agosto de 2015 às 08:23

Foto: reprodução

tatu-bola-AcervoAssociacaoCAs Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) realizaram na sexta-feira (28), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), em Petrolina, reunião de instalação do Grupo de Trabalho (GT) interinstitucional, criado pela Portaria Conjunta nº 03, de 20/07/15, que tem como objetivo propor adequações ao Decreto Estadual nº 41.546, de março de 2015, criando o Refúgio da Vida Silvestre Tatu-bola – maior unidade de conservação (UC) no bioma caatinga de Pernambuco, com 110 mil hectares. A iniciativa de criação do GT pela Semas foi articulada em atendimento à solicitação de representantes da sociedade civil dos três municípios em que a unidade faz parte: Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, na região do sertão do Estado.

Após a reunião de hoje, coordenada pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, ficou definido que o GT fará reunião na próxima semana em Lagoa Grande para definir a categoria da reserva como Área de Proteção Ambiental (APA), que possibilita uso sustentável, mais adequado para terras com atividades agropecuárias. Com a resolução fica mantido o objetivo de conciliar a preservação ambiental com as atividades produtivas já existentes na região.

Na próxima semana o GT se reunirá para definir os passos formais dessa transição. Em seguida, o grupo criará um mosaico com perímetros de proteção integral, sem conflito com atividades produtivas e agropecuária. O grupo de trabalho é formado por representantes indicados por 25 instituições. Os representantes serão responsáveis pela compatibilização das necessidades socioeconômicas com a conservação dos recursos naturais.

Trabalhos técnicos

Fazem parte do GT técnicos, pesquisadores e representantes da sociedade civil e do poder público municipal, estadual e federal. Entre eles estão prefeituras, universidades, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), conselhos de desenvolvimento rural sustentável, conselhos de meio ambiente e as câmaras municipais dos três municípios que abrangem a unidade, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), STRs entre outros. “O processo de aprimoramento do decreto para implantação da nova unidade de conservação será realizado de forma intensamente participativa, como ocorreu na reunião de hoje“, destacou Sergio Xavier.

A Unidade de Conservação Tatu-Bola representa um marco na preservação da biodiversidade e permite reunir a existência de propriedades privadas e os interesses da população de forma compatível com a proteção ambiental. A área se caracteriza pela presença do bioma caatinga, um patrimônio biológico, que não é encontrado em nenhum lugar do mundo além do Nordeste e cuja proteção necessita ser ampliada para atenuar os efeitos de secas mais intensas, previstas com o aquecimento global. (fonte: Assessoria/foto: reprodução).

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