Se em Petrolina o serviço de internet banda larga ainda é alvo de muitas críticas, parece que em Juazeiro a situação é ainda pior. E atinge, sobretudo, quem ajuda a alavancar a economia da cidade.

Uma recente reportagem do Correio da Bahia mostrou que os produtores de frutas de Juazeiro enfrentam sérios problemas como emitir uma nota fiscal eletrônica da carga de uva que vendem para o mercado nacional, ou simplesmente acessar pela internet os dados climáticos para que possam monitorar a cultura da uva, porque o serviço é horrível.

Embora em Petrolina a situação não seja tão diferente, a diferença é que por aqui os produtores contaram com um programa do Governo de Pernambuco, o “Roça Digital” – que custou R$ 4 milhões e foi financiado pelo governo federal, garantindo internet banda larga nos núcleos de irrigação de Petrolina e polos vinícolas.

O Governo da Bahia pretende fazer algo semelhante, só que investirá cem vez mais (R$ 407 milhões). A explicação dada pelo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Paulo Câmera, é que o estado vai investir em uma rede própria para o serviço, já que em Petrolina os produtores se utilizam de uma rede de banda larga alugada – a Oi, cujo convênio com o governo pernambucano é de quatro anos. Após esse período, a cidade ficará sem rede e o estado terá de abrir nova licitação para o serviço. Dividido em duas etapas, a primeira iniciando em 2013 por 116 municípios baianos, o projeto prevê ainda a implantação de fibras ópticas. Os produtores de Juazeiro não veem a hora para isso acontecer. (foto/reprodução)