Em Curaçá (BA) população sofre com água barrenta, mas SAAE garante que problema está com dias contados

por Carlos Britto // 25 de janeiro de 2013 às 12:00

DSC00757 - Cópia_600x450Não são só em Petrolina as reclamações quanto à qualidade da água que sai das torneiras. No município de Curaçá, norte da Bahia, a situação é parecida. Mas por lá tem a ver com os períodos de chuva, que tornam a água barrenta.

Isso é antigo. Desde que o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Curaçá existe, enfrenta isso”, lembrou Washington Andrade, assistente administrativo e funcionário mais antigo da empresa. A questão também é parecida com um problema que havia em Petrolina: o local onde o SAAE capta a água para clareamento fica logo abaixo de dois rios temporários (Belmonte e Curaçá ou Barra Grande). “Quando chove, esses rios misturam muito barro e sujeiras na água. A turbidez pula do normal de quatro UTs (Unidades de turbidez) para até 300. Nossos filtros conseguem clarear a água totalmente com turbidez até 90 UT”, explicou Antonio Alves, chefe da Estação de Tratamento de Água (ETA).

Turbidez é o grau de clareza da água. Zero UT significa água totalmente clara. “A partir de 15 UTs, a água já está visivelmente barrenta”, frisa.

Desde quando foram construídos, os filtros da ETA já apresentaram problemas estruturais como o rompimento das estruturas em fissuras. A informação é do diretor do SAAE, Jean Marcelo. Esse problema faz com que a água não filtrada passe direto para a parte filtrada e misture tudo. “Em 2006, foi tentado consertar o problema no filtro 1 e foi pior, pois a estrutura dele ficou fragilizada e esse ano cedeu. Não dá mais para recuperar. Estamos praticamente trabalhando com um só filtro, porém esse conjunto de dois filtros foi projetado para uma população de 8 mil habitantes e já somos quase o dobro. Por isso vem acontecendo falta de água durante o dia na cidade”, revelou.

Solução

A Administração do SAAE buscou solucionar o problema adquirindo filtros modulares. Conforme Washington Andrade, foi feita pesquisa junto às empresas Recal, de Feira de Santana (BA) e Ecosan, de Belo Horizonte (MG). O orçamento passa dos R$ 80 mil para atender a demanda de água da população, “sem acrescer transporte dos módulos e custos de instalação”, completou o assistente. “A fábrica pede dois meses para entregar o produto. O transporte é difícil até Curaçá e deve demorar mais. Fora isso, ainda tem a instalação, que vai levar dias e teríamos o transtorno de falta d’água durante todos esses dias. Além do custo alto e de o SAAE não dispor desse recurso, a fábrica não garante água clara com essa turbidez do rio nos períodos de chuva. Portanto desistimos de fazer a compra. Atestamos que é inviável técnica, ambiental, econômica e socialmente”, avaliou Jean Marcelo.

O diretor ainda lembrou que esse período de água barrenta não demora muito tempo e que uma nova estação de tratamento de água está sendo construída, devendo ser inaugurada em novembro deste ano. “É um sistema completo, eficiente, com mais de 1,2 hectare de área construída. Isso resolverá o problema da água barrenta. Mas é preciso lembrar que, atualmente, a água distribuída, mesmo barrenta, foi filtrada, fluoretada e clorada, portanto é uma água potável”, concluiu. (Fonte/foto: Ascom PMC e SAAE)

Em Curaçá (BA) população sofre com água barrenta, mas SAAE garante que problema está com dias contados

  1. Lindemberg Souza disse:

    Esse negócio de água barrente é horrivel para lavar roupas

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Últimos Comentários

  1. Era tão articulado que foi eleito sem voto pelos militares. Não ganhou por mérito próprio, foi imposto.