Em audiência na Casa Plínio Amorim, representantes de instituições federais analisam contigenciamento de recursos e esperam que governo reavalie decisão

por Carlos Britto // 05 de junho de 2019 às 08:40

Foto: Jean Brito/divulgação

Representantes de instituições como IF Sertão-PE e Univasf participaram na manhã de ontem (4) de uma audiência pública na Casa Plínio Amorim, que abordou o contingenciamento de recursos do governo federal para a educação pública do país. Em Petrolina, o bloqueio de 30% dessa verba já atinge essas instituições. Na Univasf, por exemplo, o Restaurante Universitário (RU), utilizado sobretudo por alunos de baixa renda, é um dos setores afetados pela decisão.

O debate foi proposto pelos vereadores José Batista da Gama (PDT) e Cristina Costa (PT). Um documento, elaborado ao final da audiência, será entregue ao governo e aos representantes políticos da cidade, visando a sensibilizar o MEC para que reveja a medida.

Nós tivemos aqui o marco regulador da educação superior do Vale do São Francisco, que são a Univasf e o IF-Sertão. Então eles já levaram suas preocupações para o Ministério, que deve estar analisando e acredito que até o final do mês tenhamos uma resolução definitiva. Pegamos os dados oficiais da Univasf e do Instituto e vamos consolidar com essa nossa discussão para fazer chegar ao governo federal e a nossos representantes o posicionamento desta Casa e quem esteve nesta audiência. Estamos aqui para que nem Pernambuco nem o Brasil sofra com esses cortes que estão ocorrendo”, avaliou Zé Batista.

O professor Fabiano Marinho, diretor do IF-Sertão campus Petrolina, defendeu uma permanente discussão para que o governo possa recuar. Ele frisou que o bloqueio impacta negativamente a instituição no tocante a honrar o pagamento contas, quitar compromisso com os prestadores de serviços e aperfeiçoar ensino, pesquisa, inovação e extensão com qualidade. “Foi proveitosa a discussão. A gente externou toda a problemática para os vereadores não só no IF-Sertão como na universidade para que a gente possa, juntos abraçar essa causa e montar um relatório para reverter esse bloqueio. Os alunos precisam da gente e trabalhamos para que não tenhamos que parar nossas atividades”, disse o diretor.

Já o reitor da Univasf, professor Julianeli Tolentino, deixou as portas da universidade abertas para que cada vereador possa ver todo o trabalho, o ensino e o conhecimento que vem sendo promovido na região ao longo de mais de dez anos da universidade que foi sonhada por muitos anos pela população local.

“Esses recursos fazem muita falta à universidade. Em relação à corrupção, respondendo a um vereador, se formos olhar o histórico de um caso na UFSC, não houve provas e o processo foi arquivado. Tenho certeza que esta Casa vai redigir um documento com base técnica e tenho certeza que contribuirá com nossos representantes e do MEC para que esse bloqueio seja desfeito”, declarou o reitor da Univasf.

Ausência

Dos 23 vereadores da Casa, apenas oito ficaram até o final. Cristina Costa, que presidiu a audiência juntamente com Zé Batista, lamentou que os demais colegas não tenham permanecido para um debate de tamanha importância. Ela frisou que somente a vereadora Maria Elena (PRTB) justificou sua ausência, por motivos de saúde na família.  As informações são da assessoria da CMP.

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