Os frequentes casos de violência nas escolas da rede pública em Pernambuco levaram o governo do estado, por meio da secretaria de Educação, a investir em medidas socioeducativas para minimizar o problema. Durante todo o dia de ontem (26) gestores, educadores, representantes estudantis e da Polícia Militar participaram no auditório Florêncio Barros, Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, de mais uma etapa do projeto “Escola Legal: Construindo cidadanias, tecendo solidariedades”, que tem por objetivo envolver órgãos públicos e sociedade na discussão.
Uma das ações do projeto foi a capacitação de educadores visando a prevenir e enfrentar a violência no ambiente escolar, que aconteceu pela manhã. Participaram do evento os gestores das Gerências Regionais de Ensino (GREs) de Petrolina, Araripina, Floresta e Salgueiro, no sertão. À tarde o debate girou em torno da formação de comitês de mediação de conflitos nas escolas.
Segundo Aída Monteiro, secretária executiva de Desenvolvimento da Educação (vinculada à secretaria estadual), o projeto traz um diagnóstico baseado em pesquisa científica, de 2009, na qual aponta os casos mais comuns de violência nas escolas e a incidência dos mesmos – geralmente concentrados nos grandes centros, como a Região Metropolitana do Recife (RMR), Petrolina e Caruaru.
“Por isso é muito importante que os colegas professores tenham essas informações”, justificou Aída. Sobre os comitês de mediação de conflitos – a principal novidade do Escola Legal -, a educadora informou que a função deles não é dar um encaminhamento policial aos casos de violência escolar, mesmo respaldados por órgãos como Tribunal de Justiça, Vara da Infância e Juventude e Polícia Militar (com a Patrulha Escolar), mas reforçar a missão pedagógica das escolas. “Os comitês vão fortalecer o trabalho que queremos desenvolver no interior das escolas e apoiá-las no sentido de saber a quem buscar parcerias”, finalizou.
