Eduardo Cunha dita as regras na votação do impeachment

por Carlos Britto // 13 de abril de 2016 às 13:04

eduardo cunha

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já não vinha escondendo de ninguém que os últimos e decisivos momentos do rito do impeachment de Dilma Rousseff seriam definidos por ele e da forma que ele achasse a mais “correta”. Adversário declarado da presidente da República e visto pela própria como um dos mentores do processo que visa derrubar a petista, Cunha deu ontem mais uma prova de que, mesmo seguindo à risca o regimento interno da Casa, não irá facilitar a vida dos que são contrários ao impedimento.

Em reunião do colégio de líderes, o presidente da Câmara definiu que a votação do impeachment de Dilma começará às 14h de domingo no plenário da Casa. O encerramento é estimado para acontecer por volta das 21h. Mas, o que desagradou mais os governistas foi a ordem de chamada dos parlamentares para votar, que começará pelos estados do Sul e terminará com os das regiões Nordeste e Norte.

O objetivo manifestado por Cunha a interlocutores é criar uma onda pró-impeachment durante a votação. Isso porque, são justamente os estados do Norte e do Nordeste que têm mais parlamentares contrários ao impeachment e muitos ainda indecisos.

A definição ocorreu após duas reuniões entre Cunha e aliados, uma na última segunda-feira à noite, e outra ontem, no começo da tarde. Ficou definido que serão seguidos os moldes da votação de 1992, no processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. A exceção ficará por conta da sequência de votação, que na ocasião foi feita por ordem alfabética. O argumento à época era o de que se pretendia evitar direcionamento do resultado.

Processo

Os parlamentares da base governista defendiam que a votação seguisse a mesma ordem do processo de 1992, para evitar a adesão de indecisos ao chamado “voto útil”, entretanto, a votação será iniciada por parlamentares do Sul, seguidos dos representantes do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte. O parlamentar que não estiver presente no plenário na hora que for chamado, seu nome será anunciado novamente no final da votação.

Segundo o peemedebista, o processo de votação no domingo deverá durar cerca de quatro horas, uma vez que ele estima entre 10 e 30 segundos o tempo gasto por cada um dos 513 deputados para proferir seu voto. “Estou prevendo quatro horas (de votação). São 513, tem segunda chamada daqueles que não compareceram, tem o tempo de deslocamento até o microfone. (Somando) o gasto com cada procedimento desse meio minuto, serão 256 minutos, o que dá 4 horas e 16 minutos”, calculou Cunha. Ele informou ainda que estão sendo discutidas medidas adicionais de segurança e que o acesso ao Salão Verde e ao plenário da Casa será restrito. Além disso, serão instalados telões do lado de fora da Casa. (fonte: Diário de PE)

Eduardo Cunha dita as regras na votação do impeachment

  1. observador disse:

    Este homem honra a muitos brasileiros. Retrata a moral e a ética dos muitos políticos que o seguem.
    Os deputados do norte e Nordeste brasileiro ele os classifica, com esta norma, de maria vai com as outras.
    Vamos aplaudir! KKKKKKKK

  2. Rafael disse:

    Quero ver quando este réu confesso será preso!

  3. Falo mesmo disse:

    ESSE CARA AINDA NAO TA ATRAS DAS GRADES??? ESSE CRETINO! LEMBRANDO QUE NAO SOU NEM A FAVOR E NEM CONTRA O PT, MAS PARA O NOSSO PAIS ESSA TURMA DO PMDB NAO É A SOLUÇÃO….

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