Doação de palhada da Agrovale chega aos 6 anos alcançando mais de 10 mil pequenos criadores

por Carlos Britto // 14 de novembro de 2023 às 21:05

Foto: CLAS Mk/divulgação

O pequeno criador de animais, Igor de Souza, tem um rebanho com um pouco mais de 100 cabeças – entre bovinos e caprinos – na região de Lajes, Zona Rural de Juazeiro (BA), município em estado de emergência por conta de uma seca prolongada. Há 6 anos, Igor e mais de 10 mil outros pequenos criadores da região enfrentam os problemas da estiagem com o incremento de um alimento animal volumoso oriundo da pós-colheita mecanizada da cana-de-açúcar. “A palhada reduz os custos com alimentação em 50%, e o que é melhor: nossos rebanhos ganharam peso e estão produzindo quase o dobro de leite“, comemora o pequeno criador.

Criado em 2018 pela empresa sucroenergética Agrovale, o programa de doação da palhada está completando 6 anos com a marca de 50 mil toneladas do alimento forrageiro, distribuídas gratuitamente entre agricultores familiares e pequenos criadores rurais de 23 municípios da Bahia e de Pernambuco.

A doação dos fardos da palhada, pesando 370 kg cada, ocorre após a assinatura de um Termo de Parceria Ambiental, estabelecido entre a empresa e as prefeituras. O município de Petrolina, por exemplo, renovou a parceria em 2022. Agora, neste ano, 245 famílias de pequenos criadores rurais foram beneficiadas com a distribuição gratuita de 1.534 toneladas de palhada. “Esperamos que, no próximo ano, mais criadores possam se beneficiar com o fornecimento da palhada de cana-de-açúcar, que se tornou uma importante fonte de alimento para seus rebanhos de gado, caprinos e ovinos”, destacou o secretário de Agricultura de Petrolina, Pedro Brandão.

De acordo com a gestora de Meio Ambiente da Agrovale, Thaisi Tavares, além das prefeituras outras instituições podem ser parceiras no programa, a exemplo de associações, cooperativas e ONGs. “Os criadores devem comprovar que possuem imóvel rural com até 4 módulos fiscais e assinar um termo onde se comprometem em utilizar os fardos exclusivamente como fonte alimentar, não podendo ter outros fins como, por exemplo, a venda“, ressaltou. A gestora acrescentou ainda que, melhorando a qualidade da dieta, tem-se uma saúde animal mais equilibrada e maior desempenho do rebanho. “Além dos impactos na redução de custos e maior lucratividade ao produtor“, concluiu.

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