Desfile cultural abre 6º Aldeia do Velho Chico amanhã em Petrolina

por Carlos Britto // 05 de agosto de 2010 às 11:44

abre alas

Maciel

As batidas do Maracatu, os volteios das quadrilhas juninas e o ritmo efervescente do frevo pernambucano, abrem nesta sexta-feira (6), em Petrolina a 6ª edição do Festival de Artes do Vale do São Francisco – Aldeia do Velho Chico. Uma realização do Sesc Petrolina, que vai movimentar a região até o próximo dia 21 com uma verdadeira maratona de eventos culturais nas linguagens de música, teatro, dança, cinema, literatura e artes plásticas.

O Abre Alas pro Velho Chico, começa logo às 15h com três atrações no Teatro do Sesc: a exposição Instantâneo, É coisa de Criança e uma Mostra de Artes. Depois da tradicional concentração que mistura artistas e público visitante, a já tradicional caminhada cultural toma às ruas do centro de Petrolina na companhia das quadrilhas Balão Dourado, Matutos do Carimbó e Arraiá das Estrelas.

De mãos dadas com o Maracatujaba e o Maracatu Baque Opara, a caminhada, que vai crescendo à cada esquina, mescla a tradição do Maracatu Estrela Brilhante, de Igarassu-PE com a musicalidade e a alegria da orquestra de frevo –Frevuca. Na chegada à Orla do município, o Abre Alas pro Velho Chico faz uma reverência às águas do rio São Francisco, abrindo a temporada de shows às 18h com o Samba de Veio da Ilha do Massangano.

A programação do primeiro dia do Festival, se completa no palco da Orla, com a apresentação do Coco de Olga, uma manifestação folclórica de Igarassu, que tem mais de 100 anos e se mantém fiel às tradições, a exemplo da irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Na sequência, o Caboclo Sonhador Maciel Melo e banda mostram o show “Debaixo do Chapéu”, com batidas e variações do forró, a exemplo do Maxixe, Samba de Latada, Xote e Arrasta-pé. Maciel Melo é considerado hoje o mais completo compositor da música nordestina.

Do seu fornido matulão de canções, já brotaram sucessos como, Que nem vem vem e Pra ninar meu coração, gravadas por Elba Ramalho; Caboclo Sonhador e Nos tempos de menino, na voz de Fagner e Meninos do Sertão, cantada por Zé Ramalho, além de várias outras músicas nacionalmente conhecidas por vozes como as de Dominguinhos, Xangai, Quinteto Violado e Flávio José.

Segundo o coordenador do Festival, Jailson Lima, o evento é um desdobramento do projeto do Sesc Nacional, Palco Giratório, e está focado este ano na descentralização da programação, ampliando os horizontes para vários pontos estratégicos da cidade. “Começamos o processo de descentralização, levando às escolas da rede pública de ensino uma série de oficinas de iniciação artística. Até o dia 21 continuamos com uma diversificada programação, reunindo artistas locais e de várias partes do país, apresentando 119 atrações no teatro do Sesc, praça Dom Malan, bairro José e Maria, Ilha do Massangano e no Campus da Univasf, em Juazeiro”, concluiu Jailson. (Com informações e foto da CLAS)

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