Deputado baiano aponta “descompasso” entre prefeitos e líderes do PSDB que defendem fim do ‘Mais Médicos’

por Carlos Britto // 01 de abril de 2015 às 09:31

jorge sollaO deputado federal Jorge Solla (PT-BA) cobrou coerência dos líderes do PSDB no Senado – Cássio Cunha Lima e Aloysio Nunes –, que ingressaram com um projeto (PDS 33/2015) que, se aprovado, romperá o contrato entre o governo brasileiro e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas-OMS), responsável pela participação de 11.487 profissionais cubanos no Programa Mais Médicos.

Hoje, 65% das prefeituras administradas pelo PSDB contam com esse programa fundamental pra aumentar o acesso à saúde. Pelo visto, os líderes do PSDB estão em completo descompasso com os prefeitos de seu próprio partido”, disse, em pronunciamento no plenário da Câmara, nesta terça-feira (31/03).

O deputado destaca que na última etapa de seleção do Mais Médicos, realizada em fevereiro, 84% dos selecionados foram brasileiros – havia 4.146 vagas. Todavia, os cubanos ainda representam 63% dos 18 mil profissionais contratados e são essenciais para o sucesso do programa.

Estes médicos cubanos estão atendendo nosso povo brasileiro nas florestas, nas aldeias indígenas, nas áreas quilombolas, nos distritos mais distantes, nas favelas, nas periferias das grandes cidades. O projeto do PSDB é um atentado contra a saúde dos brasileiros”, criticou.

Atualmente, destaca Solla, 72% dos municípios do país possuem profissionais do Mais Médicos. “Os líderes do PSDB mostram mais uma vez que não tem compromisso com o SUS e com a saúde da população brasileira, especialmente os mais excluídos”, completou. (foto: Gustavo Bezerra/divulgação)

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