Daniel Coelho fala de campanha como federal e mantém mistério sobre majoritária: “Vou votar como eleitor”

por Carlos Britto // 25 de setembro de 2014 às 07:00

Daneil CoelhoDepois de se eleger como deputado estadual com uma votação expressiva, Daniel Coelho  segue determinado na busca por uma vaga na Câmara Federal. Durante entrevista ao Blog, nesta quarta-feira (24), ele falou de sua campanha e de seu posicionamento sobre a majoritária. Estrela de primeira grandeza do PSDB pernambucano, Daniel faz uma campanha diferente dentro do partido, que passou a reforçar o palanque da Frente Popular. Apesar disso, ele ressaltou que se manterá independente quanto à disputa ao governo do estado.

Defendo o nome de Aécio Neves para presidente, mas no caso das eleições estaduais a gente teve uma relação de muita franqueza. Eu me sentei com Paulo Câmara e disse a ele que não me sentiria confortável em pedir votos para o PSB, quando em quatro anos eu fui líder da oposição, e não achei que fosse correto agora tentar me aproveitar para ter uma vantagem eleitoral, e fui muito bem compreendido. Também conversei com Armando Monteiro e expliquei que a minha ideia não era criar uma dissidência, era apenas respeitar a posição do partido”, explicou.

O candidato justifica ainda que decidiu ir em busca de uma vaga a federal por não concordar com a forma como as candidaturas são conduzidas atualmente entre os partidos. Segundo ele, os acordos feitos entre os políticos estaria inviabilizando a representatividade no Congresso Nacional.

Eu sinto que o Congresso não representa mais a sociedade e isso ocorre porque as eleições hoje para deputado federal viraram eleições combinadas.  O camarada tem um partido, negocia ali um tempo de televisão, recebe o apoio de alguns prefeitos e a eleição está decidida. Existem poucos candidatos que realmente debatem assuntos importantes e foi por isso que decidi não tentar a reeleição e tentar um mandato de federal”, explicou.

Propostas

Entre as propostas de Daniel, está a reforma política e a sustentabilidade. Segundo ele, o atual modelo político confunde o eleitor e permite que partidos pequenos negociem vantagens com os grandes partidos.

A gente tem uma pauta antiga, que é a pauta ambiental, da sustentabilidade. Esse é um tema que vai continuar. A reforma política pode até parecer batida, mas é necessária. Primeiro nós precisamos reduzir o número de partidos através de uma cláusula de barreira. Não dá para aceitar que um partido que não tem voto, que não elege nenhum vereador continue recebendo fundo partidário e tendo tempo de TV para negociar. Isso também confunde o eleitor, que tem que escolher entre quatrocentos candidatos ”, finalizou.

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