A vereadora Cristina Costa (PT) pôs panos quentes nos rumores sobre uma suposta “sabotagem” à sua candidatura de deputada estadual, nas eleições do ano passado. Embora admita que a filiação de Dulcicleide Amorim ao PT não tenha passado pelo diretório municipal de Petrolina, Cristina procurou conciliar os filiados que não gostaram da forma como a esposa do presidente do IPA, Odacy Amorim, ingressou na legenda.

“Recebi uma ligação do PT do Recife pedindo para que acatasse a filiação”, revelou a vereadora. Dulcicleide disputou com Cristina, pela mesma legenda, uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), conseguindo ser eleita. A vereadora lembrou ter relutado em sair candidata porque aguardava um posicionamento de Odacy, que decidiu concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Depois, disse que o partido esperava um apoio de Odacy para uma dobradinha com ela, o que evidentemente também não aconteceu.

Cristina deixou claro que assim como respeitou a opção de Odacy, também pediu ao diretório local para acatar a filiação de Dulcicleide. “Ela tem o segmento evangélico que não vem para a gente, e a gente tem os movimentos sindicais, trabalhadores sem-terra, que não identificam nela a referência para esse projeto”, lembrou.

Mas a vereadora justificou que o foco, naquele momento, era reforçar a bancada do PT na Alepe e, sobretudo, resgatar as cadeiras no Congresso Federal, após perdas como a de Pedro Eugênio (falecido em 2015) e Fernando Ferro (não reeleito). “Graças a Deus hoje temos na Assembleia Legislativa Dulcicleide, Tereza Leitão e Doriel (Barros), e no Congresso temos Marília (Arraes) e Carlos Veras, duas pessoas que apoiamos aqui”, ponderou. Cristina revelou que durante a campanha enfrentou o chamado ‘fogo amigo’, mas evitou entrar em detalhes. Disse apenas que, na política, é preciso “saber lidar” com isso. Suplente na Alepe, a petista diz estar pronta para, caso surja a oportunidade de assumir a vaga, fortalecer a legenda na Casa de Joaquim Nabuco.