Crise econômica mundial faz brasileiros viajarem menos

por Carlos Britto // 20 de fevereiro de 2009 às 20:34

O resultado negativo do saldo das viagens internacionais, formado por gastos de brasileiros no exterior e de estrangeiros no Brasil, deve se acomodar, prevê o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes.
A redução da renda, resultado da menor atividade econômica por conta da crise financeira internacional, atinge brasileiros e estrangeiros. Já o aumento da cotação do dólar é o outro fator que justifica a redução das viagens de brasileiros para o exterior. “É natural que isso se dê no momento em que temos uma crise”, disse Lopes.
Segundo o BC, os gastos de brasileiros no exterior, em janeiro deste ano (US$ 743 milhões), tiveram uma redução de 24%, em relação ao mesmo mês de 2008. Já as despesas de estrangeiros no Brasil (US$ 492 milhões) tiveram uma redução de 17%, na mesma comparação.
Com esses dois dados, o déficit na conta de viagens ficou em US$ 251 milhões em janeiro. “É um resultado que se mostra razoável. Nossa expectativa é de acomodação expressiva no déficit”, afirmou Lopes.
Em fevereiro, até hoje (20), o resultado negativo da conta de viagens está em US$ 101 milhões, com despesas de brasileiros no exterior no total de US$ 418 milhões e gastos de estrangeiros no país de US$ 317 milhões.

Crise econômica mundial faz brasileiros viajarem menos

  1. Correligionário disse:

    COM VCS………..OS NANIOCOS QUE QUERIAM SER VEREADOR COM MENOS DE 200 VOTOS

    Aline do Vale 174
    Assis do Dom Avelar 123
    O Homem do Bolo 56
    Euricao do Cpf 22
    Givanildo Lucas 165
    Edson Nunes 155
    Celina Ferro 122
    Nadja Batista 167
    Jorge Modesto 80
    Gonçalo de Souza 189
    Paulinho da Biônica 187
    Espedito Nogueira 196
    Cabral 176
    Lucia de Isacolandia 84
    Neide do Posto 74
    Goretti 14
    Zequinha da Cohab 166
    Lindinalva Agente de Saude 143
    Carlao de Ze do Doge 87
    Professora Ivone 58
    Luiza do Joao Deus 16
    Alexandre (ESTE TÁ EMPREGADO NO GABINETE DO PREFEITO) 171
    Wellyngton Cabeludo 82
    Ze do Sarafim 40
    Gilberto Gomes 71
    Toinho Lotação 140
    Manoel Alexandre 123
    Moisés Rosenstiel 23
    Alice 185
    Mara Fúvia 192
    Adriano de Peba 118
    Higino 26
    Manoel Mariano 152
    Professor Weldes 115
    Sargento Pessoa 94
    Professora Lourdinha 61
    Abdias 50
    José Barbosa 35
    Joao do Cambao 341
    Marcos Brasil 138
    Beguinha do Ceape 133
    Professor Celso Franca 128
    Martha Veloso 54
    Fatima Barros 46

  2. Pe. Antonio disse:

    Procurando compreender a crise mundial do Capitalismo

    A esquerda enfrenta a dura carpintaria da história
    A análise é de Saul Leblon.
    Li e achei muito interessante, para quem gosta de pensar, o a analise da crise feita por Saul Leblon. A seguir os principais pontos da matéria.
    A crise mundial desencadeou um debate importante sobre o desenvolvimento econômico, contribuindo para despertar a memória e o imaginário social, adormecidos por décadas de discurso conservador. O autor lembra que se despejou sobre a sociedade uma pregação cotidiana que reafirmava a virtude dos mercados desregulados para promover o crescimento, a inovação, a modernidade, a eficiência, a liberdade etc. Por quase 30 anos jornais, colunistas e editoriais econômicos anunciaram o fim da história, mostrando o capitalismo como o fim e o meio para a solução de todos os problemas. Atentos, cuidavam de vigiar, punir e desqualificar quem ousasse pensar o contrário.
    Diz o autor que é fundamental que se façam estudos e publiquem-se livros mostrando como a imprensa exerceu por tanto tempo um poder tão grande, conseguindo inculcar no cidadão médio preconceitos como “gastança publica” e “custo Brasil”. Desse modo, conseguiu solidificar uma imagem positiva do Capitalismo. Não havia sentido buscar novas formas de viver e de produzir. Com mais uma crise, essa concepção é posta na berlinda. Diante dessa derrocada, todos ficam perplexos, nem a esquerda parece ser poupada.
    “Em meio às angústias que assombram trabalhadores e a classe média, emparedados entre a fatalidade de uma ordem que se liquefaz e um futuro que nada propõe exceto agonia, parte dos teóricos da esquerda agarra-se à discussão metafísica de modelos, desobrigando-se de assumir a dura carpintaria de construção da história nesse momento”.
    Uma das mais óbvias distinções entre o materialismo histórico e o idealismo é o reconhecimento de que a transformação da sociedade só é possível a partir de seus agentes de carne e osso, portadores de conflitos de pedra e cal. Mas, perguntam teóricos da esquerda enquanto pau come solto nas vizinhanças, isto é, no mundo real: com ou sem regulação da economia pelo Estado nacional? Com ou sem estatização de bancos? Com ou sem indução de investimentos públicos? Com ou sem políticas públicas de garantia de emprego? Keynesianismo, mas como, na globalização? Socialismo, mas sem sujeito histórico proletário?
    É interessante observar a desenvoltura eclética com que representantes do capital transitam por essas escolhas, ferramentas e campos conceituais postos na ordem do dia pela crise. Ninguém hesita em recorrer ao ferramental disponível, tenha ele o carimbo ideológico que tiver. A saber, da demissão em massa, à estatização de bancos; da emissão de moeda em quantidades industriais etc.
    “O certo é que há uma desordem em marcha e ela ameaça o poder político do capitalismo. Vale tudo para evitá-lo. O Estado, suas políticas e fundos públicos oferecem a necessária dose de centralização, escala e capacidade de comando para ocupar o vácuo aberto pela finança em decomposição. “Momentaneamente”, desculpam-se uns; “uma vez a cada cem anos”, delimita Alan Greenspan; mas o fato é que se recorre a ele quando a escolha é salvar os dedos ou perder toda a mão invisível legada por Adam Smith”.
    O salto político da esquerda pressupõe alternativas concretas a essa transição. Respostas capazes, por exemplo, de transformar a coordenação provisória da riqueza financeira pelo Estado em ganho permanente da sociedade, subordinando de vez o poder dinheiro à democracia; como a estatização do crédito, por exemplo.
    Em diferentes períodos da história, a luta pela transformação da sociedade incluiu interregnos de capitalismo de Estado, ora associados à ampliação do poder político das massas; ora vinculados a acontecimentos devastadores em que um poder de coerção superior foi posto integralmente a serviço da guerra e da demência autoritária. O caso clássico é a ascensão do nacional-socialismo na crise dos anos 30, quando se assistiu a uma recuperação fulminante da economia alemã, graças a políticas de capitalismo de Estado coordenadas pelo comando nazista.
    Desde a NEP, de Lênin, porém, passando pela China atual até a revolução bolivariana de Chávez e Morales, a ampliação da influência popular sobre o Estado tem permitido, ao contrário, deslocar as prioridades do capital a favor das urgências da democracia e da justiça social. Se ainda não é a revolução, como de fato não é; se ainda se recorre a políticas keynesianas a contrapelo das restrições impostas pela globalização, como de fato se recorre – vide Bolívia e Venezuela – a verdade é que são esses interregnos que representam hoje o ponto mais avançado da luta de classes em todo o mundo. Portanto, da esperança de renovação da agenda socialista em nosso tempo.
    A lição parece ser que a história avança a partir de imperfeições; não de modelos desprovidos de conteúdo histórico. Movimenta-a um entrelaçamento tenso entre forças novas e instrumentos velhos, muitas vezes renovados até o ponto de mutação. A esquerda terá papel relevante na dialética da crise mundial se conseguir se enxergar como parte desse amálgama de restrições e possibilidades. Se renunciar à carpintaria da história para mergulhar na busca metafísica da solução pura, a salvo de contradições, será tratorada pela desenvoltura ecumênica da força-tarefa capitalista. Mais uma vez.

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