Cresce em 50% transplantes de rim em Pernambuco; procedimentos de coração caem

por Carlos Britto // 19 de março de 2018 às 11:00

(Foto: Reprodução)

Pernambuco conseguiu efetivar, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, 247 transplantes de órgãos e tecidos, 1 a mais do que o mesmo período de 2017. O destaque fica por conta do aumento de 50% nos procedimentos de rim: em 2017 foram 46 e em 2018, 69. Esse é o órgão com a maior fila de espera, contando, atualmente, com 768 pacientes.

No caso de coração, houve uma diminuição de 40% nos procedimentos. Em 2017, até fevereiro, foram realizados 10 transplantes do órgão. Já neste ano, foram 6.

No Brasil, a autorização para doar órgão ou tecido é dada por um parente de até segundo grau do doador. Nos dois primeiros meses do ano, 43 entrevistas com familiares foram realizadas. Dessas, 22 autorizaram a doação e 21 recusaram, ou seja, 48,8% dos casos foram impossibilitados da doação.

Balanço

Além dos procedimentos de rim e coração, neste ano também foram feitos 16 transplantes de fígado (diminuição de 10% – 18 em 2017), 122 de córnea (queda de 10% – 136 em 2017) e 34 de medula óssea (mesmo quantitativo de 2017).

Atualmente, a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) está realizando, até o dia 23.03, capacitação com médicos das principais unidades de saúde do Estado sobre os conceitos de morte encefálica. Uma nova capacitação também já está agendada para abril, em parceria com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

Fila de espera

Atualmente, 966 pessoas estão em fila de espera por um órgão ou tecido em Pernambuco. O maior quantitativo aguarda por um rim (768), seguido de fígado (93), córnea (62), medula óssea (25), coração (16) e rim/pâncreas (2). De acordo com o balanço de 2017 da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado neste mês de março, Pernambuco ficou em primeiro lugar do Norte e Nordeste no número de procedimentos de coração, rim, pâncreas, córnea e medula óssea, que, juntos, totalizam mais de 1,6 mil pessoas transplantadas no ano passado. O Estado ainda figura na segunda colocação do Brasil no caso do coração. (foto/reprodução)

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