O ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), Coronel Carlos Pereira, resolveu rebater o deputado federal Jair Bolsonaro, que concedeu ontem (29) uma entrevista à Rádio Jornal Petrolina, no programa ‘Manhã no Vale’, acerca da polêmica criada por conta das mudanças propostas pela Câmara dos Deputados no atual Estatuto do Desarmamento. As alterações permitem, por exemplo, a compra de armas de fogo por pessoas a partir dos 21 anos (atualmente se exige o mínimo de 25 anos); autoriza a posse e o porte de armas por pessoas que respondam a inquérito ou processo criminal; amplia a validade do porte de três para dez anos; e estende o direito de porte para várias autoridades (deputados e senadores).
Segundo Coronel Carlos, desde 2003, com a edição do Estatuto do Desarmamento, o país vem lutando para reduzir o número de armas de fogo nas ruas. Em Pernambuco, só em 2015, até o dia 26 de outubro deste ano, haviam sido apreendidas 4.881 armas de fogo. Mesmo assim o número de homicídios aumentou, com relação a 2014, “e o instrumento mais utilizado nesses crimes é, de longe, a arma de fogo”, ressalta.
Coronel Carlos lembrou ainda que no mesmo programa Bolsonaro criticou veemente e ironicamente o seu ponto de vista, defendendo a mudança na lei e afirmando que o aumento de armas nas mãos do povo poderia, ao contrário, evitar crimes contra o patrimônio e delitos como estupros, homicídios (entre outros).
“O deputado talvez esteja pautando a sua opinião em relatos isolados de cidadãos que levaram vantagem sobre marginais, em razão de estarem de posse de uma arma de fogo. Via de regra, num assalto, onde prevalece o elemento surpresa, as chances de reação são mínimas e o cidadão, em geral, sai no prejuízo frente ao bandido. Possuir arma legalizada dentro de casa, em princípio, parece uma boa alternativa. No entanto, inúmeros são os casos de crianças que matam outras crianças, às vezes o próprio pai, a própria mãe, o irmão, a irmã, brincando com a arma desse pai ou dessa mãe. Além disso, o ladrão que entra numa residência pra roubar e encontra uma arma de fogo, certamente irá levá-la consigo”, ponderou.
Resultados trágicos
O ex-comandante afirmou que num país onde discussões em bares, no trânsito ou numa fila de banco fazem pessoas se transformarem em ‘feras’, é lícito imaginar que o porte de arma de fogo por essas pessoas, nessas condições, pode ampliar em muito essa “ferocidade”, com resultados trágicos.
“Evidentemente que situações específicas, algumas das quais inseridas na proposta, podem ser viáveis. O Estatuto já possui 12 anos, pode e deve ser revisado e atualizado. No entanto, retroceder na maioria das restrições que não estão sendo, sequer, suficientes para conter essa matança descomunal que destaca o Brasil como um dos mais violentos do mundo, deve ser muito bem discutida com a sociedade. A emoção e o populismo não podem nortear um debate dessa importância. Estamos tratando de vidas humanas”, argumentou.
“Democraticamente respeito a opinião do deputado Bolsonaro, mas respondendo à indagação que ele fez no ar, não entendendo ‘como um Coronel pode ser contra armar a população contra os bandidos’, eu diria que essa minha opinião advém de uma experiência de mais de 30 anos na segurança pública, convivendo diretamente com esse problema, e entendo perfeitamente porque o nobre deputado não me compreendeu. Essa experiência ele não possui. Ele próprio revelou que é Oficial de Artilharia do Exército Brasileiro, importante capacitação técnica, mas que não é voltada para a atuação em policiamento, ao combate ao crime e a criminosos. Certamente o deputado, quando na ativa, não trabalhou em uma guarnição fazendo policiamento ostensivo, trocando tiros. Quem deve combater o bandido é a polícia, preparada, equipada, bem remunerada, valorizada e motivada, não o cidadão comum. Isso poucos defendem. Admiro e concordo com outros posicionamentos do deputado Bolsonaro, até mesmo com alguns julgados radicais por parte dos brasileiros, mas com esse, deputado, respeitosamente peço vênia para discordar”, finaliza Coronel Carlos.
O comentário do ex-comandante, em tal caso, é procedente. Nem mesmo policiais, em certas ocasiões, levam vantagem quando abordados por bandidos, uma vez que o marginal se utiliza do elemento surpresa. No mais, a bancada da bala está a serviço das empresas produtoras de armas e destas sempre recebem doação.
Comentário procedente. Bolsonaro integra a bancada da bala. Tem interesses a preservar e certamente recebia doações de empresas ligadas ao fabrico de armas de fogo.
Concordo com o Coronel quando diz que quem tem que combater os bandidos é os policiais, mas as centenas de casos de omissão policial denunciadas pela população? e as centenas de casos em que o cidadão reclama de estar vendo a sua casa invadida pelos bandidos e a polícia nunca chega a tempo de socorrer o cidadão. Quem é contra o cidadão se defender e defender sua família, deve garantir a segurança dos mesmos e nós sabemos que no Brasil isso não acontece, estamos vulneráveis a criminalidade. Por tanto eu sou a favor da flexibilização do estatuto do desarmamento.
Desarmar o cidadão é mole, dureza é desarmar o bandido.
É sempre bom lembrar que o cidadão nem sempre tem equilíbrio psicológico e muito menos técnico para manusear uma arma. E esse Bolsonaro com certeza ele não tem nenhum equilíbrio para representar o povo e muito menos utilizar uma arma apesar de ser militar.
O Coronel Carlos foi muito feliz em suas palavras.
SOU A FAVOR DO CIDADÃO DE BEM TER A SUA ARMA DE FOGO TBM, JÁ FUI VITIMA DE LADRÃO TENTANDO ENTRAR EM MINHA RESIDENCIA COM MINHA ESPOSA E FILHAS DENTRO E A UNICA ARMA QUE TINHA ERA UMA FACA, ME SENTI IMPOTENTE DENTRO DA MINHA PRÓPRIA CASA , LIGUEI PARA POLICIA E DEPOIS DE 2O MINUTOS ELA CHEGOU .O POLICIAL FALOU PARA MIM RAPAZ COMPRA UMA ARMA P VC CARA!
Perfeito Comandante. Bolsonaro apenas está representando a indústria bélica, nada além disso, pena dos ignorantes que acham que ele é o salvador da pátria.
Sou a favor de que o cidadão, após passar por testes psicológicos sérios e ser bem conceituado em um curso de tiro, ter uma arma em sua residência. A lei teria que apresentar um procedimento rígido de guarda dessa arma, que poderia ser em um cofre. Também punir severamente quem portar a arma em via pública, com prisão sem direito à fiança. O Estado já provou ser incapacitado de garantir a seguranca das famílias nas residências destas. Quem não lembra do caso de um cidadão que, tendo sua casa invadida por bandidos, ligou várias vezes para o quartel, e não teve atendido seus apelo. Foi até ironizado pelo policial que atendeu ao chamado. A PM deveria terceirizar esse serviço de atendimento. Lugar de polícia é na rua, combatendo a criminalidade.
É muito fácil rebater uma pessoa sem ela poder defender seus argumentos. Tenha postura Coronel. Quer dizer que você prefere um cidadão de bem desarmado? E outra, você já teve sua oportunidade de diminuir os índices de violência do Estado e não fez nada.
É Coronel, você anda armado, e dificilmente um bandido o abordará pois sabe que leva desvantagem, desarmar a população é uma característica dos ditadores, até porque chefe de Estado algum tem moral de desarmar o cidadão se antes não desarmar o bandido, e sim, é MENTIRA que Bolsonaro tem contratos com fábricas de armas, só socialista e defensor de bandido acredita nessas fábulas. É o simples medo do Bolsomito ser presidente, e lógico, LGBTs, abortistas, defensores de bandidos tremem ante essa ideia. Foste infeliz em suas declarações, Carlos.VIVA BOLSONARO, VIVA A LIBERDADE DO CIDADÃO!!!
eu sou a favor do porte de arma de fogo, estes que tem suas casa com policiamento 24h não sabe o que é vc solicitar uma viatura e a pós 2:00h eles chegarem e qundo chega, nós estama é mesmo lascado com estes governantes, e estes comandante, o senhor coronel que é policial junto com tantos policias não deu conta dos bandidos, imagine nos que nem uma espingarda socasoca em uma roça podesmo ter. Ia podemo morrer que o senhor vai sustenta nossa familia coronel?
Só uma pergunta. O senhor Coronel anda desarmado?