Contaminada pela Covid-19, mãe realiza sonho e dá á luz a uma menina na Maternidade de Juazeiro

por Carlos Britto // 20 de maio de 2021 às 21:04

Foto: Ascom PMJ/divulgação

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Vale do São Francisco tem revelado história de luta e superação. Depois da administradora de empresas Amanda Lisboa, que foi contaminada pela doença em Petrolina, deu à luz ao seu segundo filho e conseguiu reverter uma situação considerada pelos médicos quase impossível, a dona de casa Gleiziane do Nascimento Fraga, de 35 anos, viveu algo semelhante. Ao completar 41 semanas de gestação, depois de 11 anos sonhando em ser mãe de uma menina, ela descobriu que tinha contraído a Covid-19. Os últimos dias para a chegada de Emanuela foram de medo, mas a esperança não faltou.

Na última segunda-feira (17), Gleiziane entrou em trabalho de parto e foi para o Hospital Materno Infantil de Juazeiro. Avisou à equipe médica que estava com Covid-19, e recebeu um tratamento diferenciado. Colocada na ala especial da maternidade, ela seguiu em trabalho de parto até o dia 18, quando deu à luz Emanuela, de 47 centímetros e 2.990 kg, forte e saudável. O bebê  testou negativo para Covid-19, para a alegria de toda a equipe nos dias que se seguiram em repouso e observação, até esta quinta-feira (20), quando ambas receberam alta médica. Agora, ela voltará para casa para apresentar a pequena Emanuela ao irmão Ian, de 11 anos.

Minha força eu concentrei toda na minha filha. Não me desesperei. A médica me passou remédios para melhorar a imunidade e eu superei tudo porque meu sonho era ter minha filha. Nós duas vencemos. Quando eu coloquei ela no colo senti uma felicidade que não sei explicar“, conta, entre lágrimas, Gleiziane.

Segundo a coordenação de enfermagem do Hospital Materno Infantil, os casos de parturientes com coronavírus estão mais recorrentes nessa segunda onda da pandemia. “Como profissional de saúde, ver bebês como Emanuela nascendo, traz esperança. A Covid tem levado muitas vidas, principalmente no nosso convívio profissional, que estão na linha de frente. Ver uma puérpera com seu bebê no colo, lágrimas nos olhos ou sorriso no rosto, e que tudo deu certo, nós temos esperança de dias melhores“, relata a coordenadora de Enfermagem da unidade, Érica Góes.

Maternidade

O Hospital Materno Infantil de Juazeiro atende mulheres de 53 municípios que compõem a Rede PEBA (Pernambuco-Bahia), realizando cerca de 400 partos por mês de baixa complexidade.

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