Considerado ‘fenômeno’ do humor baiano, comediante de A Diarista voltará a se apresentar em Juazeiro

por Carlos Britto // 22 de abril de 2016 às 21:42

pisit mota

Uma mescla de stand up comedy com intervenções de áudio e vídeos produzidos para a internet em parceria com A +1Filmes. Este é o teor do show do comediante Pisit Mota – nome artístico do baiano Edivaldo Rodrigues da Mota Filho –, que voltará a se apresentar em Juazeiro no próximo dia 1° de maio, às 20h, no Centro de Cultura João Gilberto. São mais de 120 curtas, com mais de seis milhões de visualizações e compartilhamentos.

Dentre outras particularidades, Pisit leva para o público histórias de personagens que tornam a capital Salvador muito mais divertida. E é através destes recursos que o artista imprime seu humor e irreverência sobre as principais questões sociais e culturais presentes em nossas vidas, questionando, de forma respeitosa, a inércia humana diante de tais questões.

Partindo deste pensamento, o ator insere no universo do seu show questões como a homofobia e o preconceito social, a violência cultural e psicológica acometida pelo caos social urbano e a falta de respeito com as minorias.

Com 14 anos de carreira, ele já é considerado pelos colegas o novo fenômeno do humor baiano. O sucesso do moço é tanto que ele já tem propostas para atuar em Portugal, Angola e no Japão, em comunidades brasileiras.

Desde o ano passado, Pisit já passou por mais de 80 cidades do interior da Bahia, além de outros estados brasileiros como Sergipe e Minas, levando o stand up comedy ‘Por Umas e por Outras’. O público estimado nas apresentações é de mais de 45 mil pessoas. Um sucesso.

O ator também brilha no cinema, televisão e internet (os 280 vídeos reproduzidos no YouTube, através do canal ‘+1 filme, contabilizam mais de 60 milhões de visualizações, de acordo com produtores).

Prêmio

Muita gente não sabe, mas Pisit Mota é diretor, produtor, dramaturgo e roteirista e tem uma produtora cultural na qual agencia, dirige e cria textos para ele e outros artistas, como, por exemplo, Renato Fechine, também humorista.

Quem se diverte com as tiradas bem-humoradas e artimanhas dos personagens de Pisit, que têm como características o jeito baiano de ser, talvez não saiba que o ator, 33, nascido em Canavieiras, filho do pescador Edivaldo Mota, o “seu Vadinho”, e da marisqueira Romilda Sena, oito irmãos, é ator dramático dos bons.

Basta lembrar as suas atuações no teatro. Na peça dramática Deus Danado, que angariou mais de 13 prêmios, Pisit Mota faturou, entre outros, o Braskem de Teatro de 2003, na categoria de melhor ator, com um personagem inesquecível.

Admirador de Lampião

No espetáculo ‘Irmã Dulce’, peça de Deolindo Checcucci, ele fez outro personagem comovente, que foi amparado pela religiosa, e em Capitães da Areia, primeira peça profissional de Pisit Mota, ele emocionou como “Volta Seca”, integrante do bando de meninos de rua, que era admirador do cangaceiro Lampião, a quem chamava de padrinho.

Multifacetado

Pisit Mota também fez vários filmes, como   ‘A Pelada’ e ‘O Homem que não dormia’.  Na TV, além de participações na série A Diarista, criou personagens para a TV Educativa. Licenciado em Teatro pela UFBA, Pisit defende a autonomia financeira do artista. “Tem que se mudar a mentalidade de ser sempre financiado pelo poder público. O artista tem que se produzir e se valorizar“, ensina. (com a colaboração de Eduarda Uzêda/para o Blog/foto divulgação)

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