Conselheiros tutelares de Salgueiro, no sertão pernambucano, receberam uma denúncia na tarde de segunda-feira (14) e impediram o sepultamento de um menino de 10 anos. Segundo familiares do garoto, ele teria morrido em consequência de uma picada de aranha. Já o informe recebido pelo Conselho Tutelar do município dava conta de que a criança faleceu em decorrência de maus-tratos.
Segundo informações do JC Online, como o corpo apresentava inchaço na cabeça, os conselheiros registraram a ocorrência na delegacia e o cadáver foi enviado para exames no Instituto de Medicina Legal (IML), de Petrolina. Como os conselheiros tutelares atuam em conjunto, preferiram não se pronunciar individualmente. O grupo detalhou que, aparentemente, a criança tinha marcas de origem não esclarecidas.
Segundo a delegada Antônia Erandi, a criança era deficiente física e mental e já tinha vivido um histórico de maus-tratos. A justiça já havia determinado que ela saísse da casa da mãe e fosse morar com o pai. Outro ponto que chamou a atenção da polícia foi a pressa da família em realizar o sepultamento.
Antes do encaminhamento, o cadáver do menino chegou a ser levado para o hospital municipal de Salgueiro, mas os médicos de plantão atestaram como indeterminada a causa da morte.
No IML de Petrolina o resultado preliminar da necropsia foi divulgado ontem (15) pela manhã. O laudo diz que a criança faleceu em consequência de insuficiência respiratória causada por pneumonia.
A delegada Antônia Erandi vai aguardar a chegada do laudo oficial do IML de Petrolina para se pronunciar sobre o caso. Só com o resultado em mãos será possível dizer se os pais da criança irão responder por algum crime.
Com a conclusão do exame tanatoscópico, o corpo do garoto foi liberado e o sepultamento estava marcado para o fim da tarde de ontem, em Salgueiro.


