O assassinato da bebê Ágata Lorena Marques de Jesus, de apenas 9 meses, voltou a repercutir em Pernambuco após a condenação do tio da criança, a 32 anos de prisão. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri do Recife na última quinta-feira (11) e divulgada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na sexta-feira (12).
O crime, ocorrido entre a madrugada de 25 e 26 de setembro de 2019, no sítio Taquara, zona rural de Altinho, no Agreste do Estado, chocou a população pela brutalidade. Segundo as investigações, o homem chegou à casa da família em estado psíquico alterado, se trancou no banheiro com a sobrinha e a matou por estrangulamento. Durante o julgamento, os jurados da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital reconheceram o homicídio qualificado, destacando a extrema crueldade e a impossibilidade de defesa da vítima, que era um bebê. A defesa alegou incapacidade mental do réu, mas a tese foi rejeitada.
Na decisão, o juiz determinou o cumprimento imediato da pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. O homem já estava preso desde a época do crime. A pena base foi fixada em 18 anos, sendo ampliada por agravantes como a idade da vítima, a violência empregada e a reincidência, chegando aos 32 anos de reclusão.
O MPPE classificou o caso como de extrema gravidade, ressaltando a vulnerabilidade da vítima e a comoção social provocada pelo crime, que segue sendo lembrado como um dos episódios mais chocantes registrados no Agreste pernambucano nos últimos anos. (Fonte: g1 Pernambuco)


