Comitê inicia ações para recomposição de mata ciliar do Riacho do Pontal, em Lagoa Grande

por Carlos Britto // 09 de setembro de 2019 às 17:05

(Foto: Juciana Cavalcante/Tanto Expresso/Divulgação)

A cidade de Lagoa Grande (PE), no Sertão do São Francisco, é uma das seis beneficiadas da região do Submédio São Francisco pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) com a execução de termos de referência para elaboração do projeto de requalificação ambiental, previsto pelo edital 001/2018. Por isso, no último final de semana a empresa SANEAMB, responsável pelo desenvolvimento dos termos de referência, apresentou o plano de trabalho e deu início ao trabalho de topografia para recomposição de talude e mata ciliar do Riacho do Pontal, zona rural da cidade.

A apresentação, feita para o corpo de engenheiros da Prefeitura e Secretaria do Meio Ambiente, aconteceu na sede da prefeitura. O trabalho tem o prazo de seis meses para conclusão, a partir da ordem de serviço e compreende quatro etapas: planejamento, reconhecimento, elaboração dos Termos de Referência e Apresentação.

O que o Comitê propõe em suas obras é um trabalho demonstrativo, ou seja, o projeto é executado para que se entenda a necessidade de cada localidade, tornando possível a execução de obras dessa natureza que visam ao mesmo tempo a sustentabilidade hídrica da região. Destacamos que o município acompanhe cada etapa do projeto, para que ele seja construído em conjunto e exatamente de acordo com as necessidades da comunidade”, explicou o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Julianeli Tolentino.

Nessa etapa de reconhecimento a empresa deve realizar o levantamento das necessidades de investimentos em ações de recuperação ambiental, conservação do solo e conservação de áreas de preservação permanente (APP). O projeto prevê ainda o desassoreamento de 8.000 metros cúbicos (m³), elaboração do PRAD em cinco hectares e o projeto do cais, que compreende uma extensão de 300 metros.

A gente entende essa obra como um grande benefício, já que aqui quando chove a comunidade tem inúmeros transtornos devido aos alagamentos. Nossa expectativa é que a construção do talude traga essa mudança estrutural que já será de grande importância e por isso agradecemos ao Comitê, que tem se esforçado em aprovar e executar esse projeto”, acrescentou o diretor-presidente da Agência de Defesa do Meio Ambiente de Lagoa Grande, Roque Cagliari.

Requalificação ambiental

A obra em Lagoa Grande é resultado de um dos 24 projetos selecionados pelo Edital de Chamamento Público nº 01/2018 publicado pelo CBHSF, com o objetivo de receber demandas espontâneas para a seleção de propostas de projetos relativos ao Eixo V – Biodiversidade e Requalificação Ambiental concernente ao Plano de Recursos Hídricos da Bacia (PRH-SF). Foram destinados valores estimados de até R$ 10 milhões para cada CCR que executará os projetos selecionados – um total de R$ 40 milhões para aplicação nos anos de 2018 a 2020 em ações de requalificação ambiental, valor previsto no PAP 2018-2020.

Obra

Após a elaboração do termo de referência e de posse da anuência da diretoria técnica da Agência Peixe Vivo, responsável pela liberação do recurso, a SANEAMB retornará à cidade para apresentar o documento que deverá ser avaliado pela prefeitura local, demandante do projeto, podendo sugerir adequações ou aperfeiçoamentos.

Comitê inicia ações para recomposição de mata ciliar do Riacho do Pontal, em Lagoa Grande

  1. OTAVIO disse:

    Esse dinheiro seria melhor usado em Barragens Subterrâneas+Poços Amazonas+Pequenos Bombeamentos+Pequenas Irrigações. Está na hora de se voltar para a realidade, essa paranoia de Proteção Ambiental só atrasa o progresso desse País, não adianta nada você querer recompor mata ciliar com mudas etc.etc., a mata ela se recompõe por ela mesma, basta que não sofra as agressões humanas e animal, só que isso é humanamente impossível, pois os bodes, as ovelhas e outros animais são criados a solto, não tem outro jeito, a não ser que se cerque uma determinada área. Com as Barragens citadas acima, ter-se-á água nessas regiões durante todo o ano, logo, a vegetação terá vida. Sugiro até que se plante muita faveleira de forma induzida, quem sabe alguem resolve montar uma indústria de azeite de favela. Do bagaço da favela misturado com as folhas, é possível se obter uma torta para os animais, 40% mais nutritiva do a torta de caroço de algodão. Do leite das cabras é possível se fazer queijo de altíssima qualidade. Da floração das faveleiras é possível se ter mel de grande qualidade. Então? os periféricos tirados da faveleira são muito grandes, com grandes vantagens para os ribeirinhos do Riacho Pontal.

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