Coluna do Blog

por Carlos Britto // 20 de abril de 2020 às 07:00

Foto: arquivo/reprodução

O novo coronavírus e nossa fruticultura

Mesmo com todas as notícias tão desalentadoras com relação ao avanço do novo coronavírus (Covid-19), ao menos um fator positivo pode ser observado no país e, especialmente, em uma região eminentemente agrícola como o Vale do São Francisco.

As exportações agrícolas em março de 2020 cresceram 13,3%, comparadas com março de 2019. E a região que exporta mais frutas no Brasil tem uma contribuição direta nesses números.

A Conab confirmou que o país colherá a maior safra de sua história: 251,8 milhões de toneladas de grãos. É incrível. O Brasil ultrapassará os Estados Unidos na produção de soja, com estimados 122 milhões de toneladas. No milho, será superada a barreira dos 100 milhões de toneladas. Ambos os feitos eram inimagináveis até há pouco tempo.

O mundo está comprando, cada vez mais, gêneros alimentícios do Brasil. Mesmo enfrentando a pandemia do coronavírus, ou talvez por isso mesmo, verifica-se aumento da demanda externa e interesse em novos acordos comerciais.

A fruticultura do Vale do São Francisco foi preservada e os produtores locais ganharam até mais nesse período turbulento. A torcida é para que tudo passe e a próxima safra não sofra com esses efeitos devastadores.

O primeiro da Terra dos Poetas

Em São José do Egito (PE), foi confirmou positivo para Covid-19 o caso do paciente que deu entrada no hospital local. A informação foi repassada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O paciente, do sexo masculino, chegou apresentando febre e vômito. Há seis dias começou a desenvolver complicações respiratórias e é hipertenso, com histórico de problemas renais. Ele segue internado e o seu estado de saúde é regular.

A peste entre os profissionais

Já chega a 868 o número de profissionais de saúde infectados com Covid-19 apenas em Pernambuco; outros 612 casos suspeitos foram descartados. A ocupação média dos leitos destinados a doença está em 84%. Sendo 95% a ocupação dos leitos de UTI e 73% dos leitos de enfermaria.

Na Bahia

A Bahia registra 1.249 casos confirmados do novo coronavírus o que representa 12,1% do total de casos notificados. Até o momento, 5.294 casos foram descartados e houve 45 óbitos, registrados nos municípios de Adustina (1); Araci (1); Belmonte (1); Feira de Santana (1); Gongogi (2); Ilhéus (2); Ipiaú (1); Itabuna (1); Itagibá (1); Itapé (1);  Itapetinga (1); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (5), um dos óbitos é residente do Rio de Janeiro;  Salvador (22); Uruçuca (2); Utinga (1); Vitória da Conquista (1). Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até as 17h de ontem (19).

Nota de pesar

A Comissão Provisória Municipal do  PDT de Santa Maria da Boa Vista (PE) emitiu nota de pesar, em nome de sua direção e todos os filiados, pelo falecimento do professor e bacharel em Direito, Pedro Ivo Bedor Sampaio. Ele tinha 97 anos e era filho de Dr.Octávio Vieira Sampaio e D.Áurea Bedor Sampaio. Do seu talento nasceu o hino do município e da padroeira da cidade. Segundo a nota, Pedro Ivo servia de exemplo para todos os boavistanos, principalmente para os que militam na vida pública em busca do bem comum, inspirados pelos ideais de justiça e igualdade. “Nesse momento de dor e perda, manifestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos. Rogamos a Deus que dê conforto e paz a todos”, frisa a nota.

Coluna do Blog

  1. Marta Souza disse:

    Brito: 868 ou 35.3% do total de casos positivos em Pernambuco (2459) são profissionais da saúde. Desde o inicio esses profissionais denunciaram o descaso do governo do Estado em fornecer EPIs. Os centros de saúde são hj disseminadores do vírus?? Cadê o ministério público para processar Paulo Câmara e outros gestores??

    1. celia disse:

      Boa observação.

  2. Defensor da liberdade disse:

    A desvalorização do real perante o dólar é a causa desse aumento nas exportações, o produto está mais barato lá fora, o pessoal compra mais. Quem produz recebe em dólar acaba ganhando mais, e investe mais na produção.

    Quem exporta lucra, quem importa se ferra. Moeda forte é o motor do desenvolvimento, quando as autoridades monetárias do Brasil vão se dar conta disso? O baronato da Fiesp e da bancada do boi não deixam?

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