Coluna do Blog

por Carlos Britto // 10 de outubro de 2019 às 07:00

Foto: divulgação

Professor Gilmar Santos e o ofício do advogado Wank Medrado

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Professor Gilmar Santos (PT) azeitou ainda mais a polêmica em torno da ida do advogado Wank Medrado ao Legislativo na última terça-feira (8). Wank faz a defesa de Allinson Henrique Carvalho, ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora, que é suspeito de ter apagado as imagens das câmeras de vigilância da instituição na noite de 10 de dezembro de 2015, quando a pequena Beatriz Angélica Mota, então com 7 anos, foi brutalmente morta durante uma festa de formatura. Beatriz estudava no colégio.

Wank havia solicitado à Mesa Diretora, por meio de ofício, um espaço na tribuna para dar detalhes sobre a decisão do TJPE em revogar a prisão preventiva de Allinson, por não ver provas suficientes contra ele.

O ofício, datado de 2 de outubro, solicitava um debate sobre o assunto junto à Comissão de Direitos Humanos. No entanto, Professor Gilmar informou a esta Coluna só ter tomado conhecimento quando a vereadora Cristina Costa (PT) entregou cópias do documento – uma a ele e outra ao relator Paulo Valgueiro (MDB) – durante a sessão da terça. “Eu sabia de uma possível vinda do advogado para falar na tribuna, mas achei que havia um ofício solicitando uso da tribuna”, explicou.

Professor Gilmar deixou claro que se há um ofício nesse sentido, então se justifica o espaço concedido a Wank para ter falado na tribuna. Mas se o ofício solicitando reunião com a Comissão de Direitos Humanos foi o mesmo justificado para usar a tribuna, o vereador acredita ter ocorrido, no mínimo, um mau encaminhamento da Mesa Diretora, intermediada pelo 1º vice-presidente Ronaldo Cancão (PTB), e por Cristina Costa.

Gilmar disse que a comissão está sempre aberta a ouvir cidadãos que se sintam violados em seus direitos e dar os devidos encaminhamentos. Esse é o papel que compete aos seus integrantes. Mas o vereador garantiu que, no caso de Wank, a comissão em nenhum momento foi procurada, mesmo após ele ter usado o espaço na tribuna da Casa Plínio Amorim. “Creio que a explanação que ele fez deva ter contemplado o objetivo que ele tinha para cumprir. Mas com a Comissão de Direitos Humanos não houve nenhuma audiência ou reunião, nem houve qualquer contato oficial anterior à sessão. Nem comunicação da Mesa Diretora, nem diretamente do advogado”, informou Gilmar.

Em nota, a presidência da Casa Plínio Amorim justifica que o ofício de Wank foi legítimo, uma vez que o próprio TJPE revogou por 7 x 3 o pedido de prisão do suspeito, e se remete ao regimento Interno.

A Câmara Municipal apenas cumpriu com o Regimento Interno da Casa, que prevê em seu Artigo 102, Parágrafo Único, que o Grande Expediente será dividido em duas partes: a primeira para uso da tribuna pelos Vereadores, antecedendo a Ordem do Dia; a outra parte para uso da tribuna livre por autoridades e personalidades diversas”.

A nota ressalta ainda que “em nenhum momento a Câmara Municipal de Petrolina cerceou o direito de Lúcia Mota de participar da Tribuna Livre. Muito pelo contrário: além de ter recebido por duas vezes os pais de Beatriz, a Câmara ainda autorizou o uso do espaço do plenário para que eles concedessem uma entrevista coletiva à imprensa, no dia 9 de março de 2016”.

O fato é que o Caso Beatriz ganhou mais um triste capítulo, enquanto o que mais a família da menina e toda a sociedade petrolinense espera parece longe de acontecer: as respostas para esse crime que clama por justiça.

Detonou

O vereador Anderson da Iluminação (PP) detonou a oposição de Juazeiro (BA) por supostamente ter espalhado uma fake news dizendo que a prefeitura estaria perseguindo o Juá Garden Shopping. Anderson tratou o caso como “política covarde” e disse que a oposição só quer “ver a maldade” em Juazeiro. Segundo o vereador, o shopping desmentiu a fake news, através de nota.

Domingos e mais um título

Após propor título de Cidadão Petrolinense ao professor Eurico Serafim, o ex-vereador Domingos de Cristália vai cumprindo como seu papel enquanto estava legislando na Casa Plínio Amorim. Nesta sexta (11), às 9h. uma solenidade marcará a entrega de outro título oriundo de projeto de Decreto Legislativo de autoria de Domingos, desta vez para a jornalista Mônia Ramos. A proposta também tem como autor o vereador Ronaldo Silva.

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  1. Isso é um seboso disse:

    A prova de que o vereador fala fina não ta fazendo falta é que até hoje, ele so faz entregar titulos no minimo suspeitos.
    Essa Monia mesmo ja fez o que de importante pra cidade ?

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Últimos Comentários

  1. Era tão articulado que foi eleito sem voto pelos militares. Não ganhou por mérito próprio, foi imposto.